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Especialista debate reformas trabalhista e sindical na FIERGS

Estimular os sindicatos a oferecerem serviços diferenciados aos seus associados e instigar o governo a abrir uma maior negociação dos direitos trabalhistas com as empresas foram alguns dos temas abordados pelo sociólogo e especialista em Relações do Trabalho, Emprego, Recursos Humanos e Desenvolvimento Institucional, José Pastore, nesta terça-feira (dia 18), na FIERGS. Pastore palestrou sobre as reformas sindical e trabalhista a representantes de sindicatos de indústrias e diretores da entidade.

O sociólogo criticou algumas alterações na reforma trabalhista que estão em andamento no governo, como a convenção 158 da OIT, que avaliou como populista. Pastore defendeu que o governo deveria abrir uma negociação entre empresas e sindicatos. "As leis que protegem o trabalhador são inegociáveis. O Brasil é recordista de gastos não salariais. Deveríamos seguir o exemplo de outros países que permitem que os direitos sejam negociados com os trabalhadores até que o empregador se adeque ao cenário", afirmou. Pastore reforçou que "nenhuma economia vence externamente sem acabar com conflitos internos".

Na questão da reforma sindical, o palestrante avaliou que o país passa por um momento que representa um grande desafio para o lado empresarial. "Nosso presidente e a grande maioria dos ministros são ligados ao sindicalismo. As sedes sindicais precisam ter sócios atuantes e oferecer serviços mais interessantes aos empresários, fortalecendo a função mais nobre dos sindicatos: a de negociar bem", afirma. Pastore também chamou a atenção para um equívoco que precisa ser consertado. Para ele, as adequações trabalhista e sindical não deveriam ser pensadas separadas, já que as reformas são "irmãs gêmeas".

O evento foi promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL.

Publicado Terça-feira, 18 de Março de 2008 - 0h00