ENTRAVES
O principal entrave enfrentado pela indústria gaúcha no terceiro trimestre, segundo a Sondagem Industrial, a carga tributária ganhou peso ante o trimestre anterior, passando de 41,6% para 47,4% das respostas dos empresários consultados. Ao mesmo tempo, a demanda interna perdeu importância relativa, de 50% para 45,9%, e foi o segundo maior obstáculo.
Destaque também para a taxa de câmbio (19,6% das respostas), o terceiro maior problema do setor, que cresceu sete pontos percentuais relativamente ao segundo trimestre, quando foi o nono mais assinalado.
Em relação às empresas, o índice de satisfação cresceu na pesquisa de 43,9 pontos no segundo trimestre, para 48,5 no terceiro, mas permaneceu no terreno negativo, abaixo dos 50 pontos. O mesmo ocorreu com a margem de lucro, que pulou de 37,5 para 41,9 pontos. As condições de acesso ao crédito ficaram menos adversas, de 39 para 43,1 pontos, com o índice atingindo o maior valor desde o quarto trimestre de 2013.
Quanto aos próximos seis meses, as expectativas de demanda e de exportações tiveram queda na pesquisa, que foi realizada entre 1º e 11 de outubro, mas seguem altas, atingindo, respectivamente, 54,8 pontos (foi de 55,6 em setembro) e 51,3 (51,9 no mês passado). Com isso, a indústria gaúcha pretende aumentar as compras de matérias-primas (53,8), mas não o emprego (49,9), que deve ficar estável.
Os empresários gaúchos também se mostram mais dispostos a investir nos próximos seis meses. O índice de intenção de investir cresceu 2,8 pontos ante setembro, atingindo 52,5 em outubro. Esse é o maior nível dos últimos seis meses e bem acima de média histórica de 48,9 pontos.
A pesquisa ouviu 209 empresas, sendo 47 pequenas, 74 médias e 88 grandes. Acompanhe o resultado completo, bem como a série histórica e a metodologia.