As exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,2 bilhão em setembro, 41,8% maior em relação ao mesmo mês de 2020. Entre janeiro e setembro, totalizaram US$ 10,1 bilhões, 34,2% acima do acumulado no mesmo período do ano passado. “A maioria dos setores exportadores gaúchos continua incrementando suas vendas, inclusive com resultados superiores aos de dois anos atrás, antes de começar a crise provocada pela pandemia”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry. As exportações nos nove primeiros meses de 2021 situam-se 5,9% acima do acumulado de janeiro a setembro de 2019, e em nível semelhante ao total somado ao final de 2020, que foi US$ 10,4 bilhões.
Na análise dos 24 segmentos que registraram embarques, 17 aumentaram o valor vendido ante setembro de 2020. Entre os grandes exportadores, somente Tabaco, com -40,7%, e Veículos automotores, com -16,6%, recuaram. O maior destaque positivo foi Alimentos, com US$ 202,6 milhões comercializados a mais do que no mesmo mês do ano passado, crescendo 76,7%. As vendas de farelo e óleo de soja e do complexo carne garantiram esse desempenho, influenciadas pelas altas na demanda de Índia, China, Espanha, Emirados Árabes e Coreia do Sul.
O setor de Químicos também teve elevação, de 72,8% no mês, totalizando um aumento interanual de US$ 58,5 milhões, principalmente por causa dos embarques para a Holanda e a América Latina. Celulose e papel cresceu 118,2%, puxado pela demanda de China, Emirados Árabes e Japão. Por fim, Máquinas e equipamentos avançou 31,8%, pelas altas de México, Paraguai e Uruguai, enquanto Produtos de metal incrementou 30,7%, com as vendas especialmente para os Estados Unidos e México.
Em relação aos principais destinos, não houve alterações na comparação com setembro de 2020. A China permanece como principal comprador do Rio Grande do Sul e os embarques cresceram 176,8%. As vendas de soja em grãos constituem maior parte do avanço, seguidas das de carne de boi, de frango, celulose e carne de suíno. Os Estados Unidos, segundo destino das exportações gaúchas, cresceram 6,5%, enquanto a demanda da Argentina, terceira no ranking, avançou apenas 1,5%.
IMPORTAÇÕES
O Rio Grande do Sul adquiriu US$ 1,3 bilhão em mercadorias em setembro, configurando uma demanda 81,6% maior nas importações comparada ao mesmo mês de 2020. Destacam-se as importações de Bens intermediários e de Combustíveis e lubrificantes, que aumentaram US$ 408,8 milhões e US$ 148,4 milhões, respectivamente. No acumulado do ano, o Estado importou um total de US$ 8,3 bilhões, valor 48,5% superior ao mesmo período de 2020. O crescimento das importações de Bens intermediários (US$ 2 bilhões) lidera o avanço da pauta das compras externas no ano, seguido por Bens de capital (US$ 479 milhões).