As exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 1,83 bilhão em agosto, o que representa uma retração de 1,6%, ante o mesmo mês do ano passado. A queda foi puxada tanto pelos produtos primários (-2,2%) quantos pelos industriais (-0,8%). "O comércio exterior é afetado tanto por fatores internos, como a greve na Receita Federal e na Anvisa, quanto externos, em decorrência da desaceleração da demanda mundial", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial nesta terça-feira (18), destacando que os efeitos da estiagem também continuam impactando no resultado.
Com relação à indústria gaúcha, as vendas externas totalizaram US$ 1,38 bilhão. As principais quedas encontram-se nos segmentos de Produtos Químicos (-29,7%), Couro e Calçados (-28,8%) e Máquinas e Equipamentos (-24,1%). Já os crescimentos expressivos foram verificados em Tabaco (46,3%), Móveis (27,8%) e Produtos de Metal (26,7%).
No que se refere aos destinos das exportações totais, a China manteve a primeira colocação em agosto, com um aumento de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os principais produtos importados pelo país asiático foram grãos e óleos de soja. Em seguida veio a Argentina, apesar de ter reduzido em 28% todos seus pedidos de produtos gaúchos, recebendo basicamente veículos automotores. Na terceira posição ficaram os Estados Unidos ao elevar em 9% suas compras, em que se destacaram os embarques de tabaco não manufaturado e armas de fogo.
Ainda em agosto, as importações totais subiram 3,2% e fecharam em US$ 1,47 bilhão. As compras mais significativas do Estado foram de combustíveis e lubrificantes (óleo bruto de petróleo), bens de consumo duráveis (veículos automotores) e bens de capital (veículos de carga e tratores).
De janeiro a agosto, as exportações da indústria sofreram uma diminuição 5,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Diante desse quadro, o Rio Grande do Sul encolheu sua participação em 0,2% nas vendas externas do País, no acumulado do ano. Entre os Estados exportadores, obteve a quarta posição ao responder por 7,5% da pauta brasileira. A liderança ficou com São Paulo (23,9%), seguido por Minas Gerais (13,9%) e Rio de Janeiro (12,1%).