O Índice de Produção da indústria gaúcha alcançou 52,2 pontos em agosto, revela a Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta quarta-feira (2) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). É uma elevação − a segunda consecutiva − em relação ao mês de julho, quando havia chegado a 51,9 pontos, mas ainda abaixo da média para o mesmo mês nos três últimos anos (53,7).
A maior produção não evitou, porém, uma redução no quadro funcional, com o índice de número de empregados alcançando 49,3 pontos. O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, aponta outros fatores que indicam para uma recuperação apenas tímida da indústria no Estado. "A moderação da atividade no mês pode ser percebida na utilização abaixo do usual da capacidade produtiva. Os estoques de produtos finais aproximam-se do nível planejado pelas empresas em agosto, mais ainda são considerados excessivos", observa Müller. A Utilização da Capacidade Instalada chegou a 46,1 pontos no oitavo mês do ano, e os estoques, a 52,2, representando acúmulo indesejado, fator que foi apontado por mais de 26% das indústrias consultadas.
Na Sondagem Industrial de agosto, os empresários gaúchos demonstram uma boa expectativa para os próximos seis meses. Demanda (57,9 pontos), compras de matérias-primas (55,4), exportações (54,6) e emprego (53,2) tiveram avaliações positivas. De uma forma geral, entendem que a desvalorização cambial começa a se refletir nos resultados positivos para as vendas externas. Essa expectativa só não é compartilhada pelas pequenas empresas (50 pontos), que esperam uma estabilidade. Nas grandes (56,3), o otimismo é mais disseminado.
O levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos.