A decisão do governo do Estado de manter fechado o comércio das regiões metropolitanas de Porto Alegre e da Serra Gaúcha até o dia 30 de abril foi recebida com restrições pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). "Ė necessário que ocorra uma flexibilização para a reabertura dessas lojas, principalmente as pequenas, que assim como as pequenas indústrias têm mais dificuldades em cumprir seus compromissos, já que nem todas possuem facilidade de acesso a linhas de crédito. Essas precisam da receita da suas vendas diárias. Estão ficando sem fôlego. A decisão do governo do Estado deve ser revista", diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, ressaltando também a preocupação dos industriais gaúchos que não conseguem desovar a produção.
Petry observa que deveria ser feita uma reabertura seletiva de lojas que empreguem até 10 pessoas, desde que seguindo os protocolos internacionais de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "No mercado você compra roupa, calçado, até móvel, mas nas lojas de bairro não pode. Foge ao razoável", afirma.
O presidente da FIERGS destaca que a falta de demanda pode se tornar irreversível para alguns setores industriais, um exemplo é o caso do segmento de moda. Com a aproximação do inverno, as lojas continuam fechadas e sem vendas. “Ninguém vai encomendar e comprar se não sabe se vai vender”, reforça.
Assista abaixo a declaração do presidente da FIERGS.