
FIERGS diz que manutenção de juros a 13,75% não se justifica e indústria acaba prejudicada
Presidente Gilberto Porcello Petry afirma que ciclo de redução deve começar
Atuamos a favor da indústria gaúcha estimulando a cooperação entre empresas, ampliando a oferta de produtos e serviços e apoiando o desenvolvimento de novos mercados e sua internacionalização. Juntamente com o SESI, SENAI e IEL, apresentamos soluções que aumentam a competitividade da nossa indústria.
Presidente Gilberto Porcello Petry afirma que ciclo de redução deve começar
“A indústria não aceita esse nível de juros, ela sofre para obter seu capital de giro, e com essa taxa, não suporta tomar dinheiro no sistema bancário para tocar seus negócios”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, ao comentar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic, após a reunião desta quarta-feira (22). Ele acrescenta que nada justifica juros de 13,75% ao ano, oito pontos acima de uma inflação que registrou 5,6% nos últimos 12 meses.
Segundo o presidente da FIERGS, a redução da taxa precisa ser iniciada o quanto antes. Gilberto Porcello Petry reforça que os problemas na oferta de crédito trazem um desafio adicional para a indústria, em especial pelo encarecimento das linhas ligadas ao capital de giro, fundamentais para a manutenção das atividades produtivas. Lembra ainda que o aumento dos juros no Brasil iniciou antes dos demais Bancos Centrais do mundo e ocorreu de forma muito rápida e intensa, de modo que muitos efeitos já apareceram e outros ainda serão sentidos na economia nos próximos meses. Por isso, espera que o Banco Central leve esse cenário em consideração para iniciar o ciclo de redução dos juros nas próximas reuniões e, nesse sentido, o Governo Federal deve contribuir apresentando um arcabouço fiscal crível que conduza ao equilíbrio das contas públicas e ajude a segurar a inflação presente e futura.