Os prejuízos ao setor industrial pela paralisação dos caminhoneiros foi um dos assuntos abordados pelas entidades empresariais da região Sul do Brasil em encontro que reuniu representantes dos caminhoneiros e governo federal, nesta quarta-feira (25), em Brasília. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, “as consequências da falta de transporte de insumos e produtos têm chegado até a entidade diariamente, principalmente do segmento de perecíveis – o primeiro a ser atingido. As dificuldades afetam ainda o suprimento de rações animais, embalagens e peças para manufatura, entre outros. As repercussões negativas são imensas e impossíveis de serem mensuradas ainda”. A reunião foi conduzida pelos ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; e pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
O presidente da FIERGS destacou ainda que entre 60% e 70% das empresas de laticínios estão sem receber a matéria-prima. O Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat-RS) ingressou com pedido de sete liminares para a desobstrução de rodovias, sendo que quatro já foram deferidas. Em relação à ação ajuizada pela Advocacia Geral da União contra o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande, a Justiça já determinou multa processual de R$ 5 mil por hora de permanência não autorizada em qualquer dos trechos das rodovias federais BR-293, BR-116 e BR-392, situados sob a jurisdição da Subseção Judiciária de Pelotas.
O tema também integrou a pauta de encontros de Heitor José Müller, na Capital Federal, com os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto; de Relações Institucionais, Pepe Vargas; e com os senadores gaúchos Ana Amélia Lemos, Lasier Martins e Paulo Paim.