Produzir vem se tornando uma tarefa cada vez mais difícil para o setor industrial no Rio Grande do Sul. De acordo com dados da Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, em abril de 2019, a produção industrial brasileira estava 11,7% acima do índice registrado em abril de 2002, período de início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma base de comparação, a produção da indústria do Rio Grande do Sul era apenas 2,9%, um desempenho 7,9% abaixo do verificado no País. As informações estiveram em análise durante a primeira reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo da Indústria Gaúcha e Indústria de Máquinas e Equipamentos, nesta segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O presidente da Frente, o deputado Fábio Branco, explica que "o primeiro passo é conhecer a realidade das indústrias e, a partir daí, identificar as principais demandas do setor e de que forma é possível dar condições para que elas produzam de forma competitiva".
A atuação da Frente será pautada pela Plataforma de Compromissos para um Brasil Industrial, elaborada pelo Grupo de Política Industrial da FIERGS e do CIERGS, coordenado pelo vice-presidente do Centro das Indústrias Carlos Alexandre Geyer, presente no encontro. Ele ressaltou que as indústrias são prejudicadas pela logística baseada em rodovias, que atrasam o desenvolvimento do País. Também destacou a importância de reforçar a competitividade da indústria gaúcha para que se consiga exportar valor agregado. “Um dos grandes sonhos dos industriais”, projeta Geyer. Já o vice-presidente da FIERGS e coordenador do Conselho de Articulação Parlamentar (Coap), Cláudio Bier, destacou que as indústrias são penalizadas pelo pagamento de impostos mesmo antes de começar a produzir. “Precisamos repensar essa fórmula”, sugeriu.