Depois de cair por três meses consecutivos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado nessa quinta-feira (18) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), cresceu dez pontos em junho, na comparação com maio, saltando para 42. Mesmo assim, em uma escala de zero a cem pontos, na qual os 50 separam a presença da ausência de confiança, o resultado revela que, apesar de menor, a falta de otimismo ainda predomina na indústria gaúcha. “Essa recuperação parcial na expectativa reflete o maior ânimo do empresário com o afrouxamento das medidas de contenção da pandemia e da reabertura gradual da economia. Contudo, em pouco altera o cenário de crise intensa e incertezas, sinalizando perdas menores ou alguma retomada nos próximos meses e não uma reversão do ciclo recessivo”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. Ele ressalta, porém, que os anúncios de novas restrições às atividades econômicas no RS, feitos após o período de coleta dessa pesquisa, realizada entre 1º e 10 de junho, podem levar a novas quedas na confiança.
O Índice de Condições Atuais subiu 2,4 pontos em relação a maio, para 26,9 em junho, o que expressa uma percepção muito negativa dos empresários (bem abaixo dos 50 pontos), sobretudo com relação à economia brasileira, cujo índice cresceu de 18,3, em maio, para 20,9 pontos, em junho. Das empresas consultadas nesse mês, 86,6% avaliaram as condições da economia como piores. O Índice de Condições das Empresas também avançou de 27,6 para 30 pontos no período e, da mesma forma, segue a indicar quadro de piora, que atinge 68,2% das indústrias gaúchas no mês.
A expectativa do empresário industrial no RS está próxima de atingir um patamar positivo. O seu índice aumentou 13,8 pontos em junho ante maio, alcançando 49,5, bem próximo da linha mínima de 50 pontos, o que revela pessimismo menor e mostra a segunda alta seguida (+17,2), após cair 38 pontos nos dois meses anteriores. No período, o Índice de Expectativa sobre a Economia Brasileira teve elevação de 12,4 pontos, chegando a 43,3. O futuro da economia brasileira é visto com pessimismo por 41,8% dos empresários, percentual bem superior aos 23,9% de otimistas. Já a expectativa sobre a empresa registrou o maior crescimento, de 14,4 pontos, e o maior patamar (52,6) entre os indicadores, sendo o único componente acima de 50 em junho.
Mais informações sobre a pesquisa, que consultou 203 empresas, sendo 40 pequenas, 67 médias e 96 grandes, podem ser encontradas aqui.
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