Outra preocupação do ministro manifestada na reunião com os industriais foi em relação à taxa de juros, que precisa começar a ser reduzida imediatamente, segundo ele, pois está prejudicando o desenvolvimento, “pegando pesado contra a atividade econômica, especialmente na indústria”, e penalizando o cidadão, com endividamento em excesso. “Não vejo razão para não começar o processo gradativo de redução dos juros”, observou.
Marinho falou também dos impostos de importações zerados em diferentes setores durante a pandemia e que, de acordo com ele, acabam por trazer prejuízo a atividades da indústria nacional. O governo irá determinar a retomada dos impostos em vários segmentos, assegurou.
O ministro comentou que os problemas ocorridos na Serra Gaúcha com a terceirização de trabalhadores de três vinícolas de Bento Gonçalves acabam por envolver negativamente todo o setor. Para combater isso, disse, é preciso articular paulatinamente o processo de avanço de um diálogo com a finalidade de “virar a página”. “Queremos solucionar este problema, não punir essa ou aquela empresa”, reforçou o ministro, afirmando a necessidade de um ajuste nas regras atuais da terceirização, mas que o governo não irá modificar nada no “canetaço”.
O diretor da FIERGS e do Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Gilberto Pedrucci, defendeu o aprimoramento do trabalho terceirizado dentro das normas legais, para que se possa fazer seleção temporária em diferentes segmentos da agroindústria, não apenas no vinícola. A ideia é levar ao Governo Federal a proposta de aprimorar essa contratação terceirizada, talvez diretamente dentro das próprias empresas e produtores rurais por um período curto de tempo, sem intermediários.