A presidente da Findes, Cris Samorini, compartilhou a vivência de ser a primeira mulher a comandar a federação de seu Estado. Relembrou um pouco de sua trajetória por meio da atuação na Grafitusa, indústria gráfica familiar com 102 anos – empresa mais antiga em funcionamento no Espírito Santo. “A primeira tarefa que meu pai me colocou a fazer foi participar das reuniões de sindicato, porque sabia que aquele ambiente precisava de pessoas que trariam uma nova leitura”, relembra. A vivência empresarial e no associativismo desde cedo trouxe a ela parte da capacitação e dos conhecimentos necessários para gerir a federação industrial capixaba. "As mulheres trazem resultados diferentes, por práticas diferentes de gestão. Nós viemos fazendo essa construção dentro da federação, tanto é que conseguimos crescer de forma significativa o resultado financeiro. Hoje, cerca de 60% dos funcionários do Sistema Findes são mulheres – ao longo dos anos elas vêm ocupando espaço aqui dentro”, contabilizou.
Já a supervisora geral da Sultepa e conselheira do Conlider e do Dmae, engenheira Stephania Portella, disse que desde pequena imaginava atuar na empresa fundada por seu avô. “Fiz a minha formação voltada a esse sonho, entrei na Engenharia Civil da Universidade Federal do RS (Ufrgs). Dentro da empresa, passei pelos mais diversos setores”, enumerou. No associativismo, Stephania foi diretora do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e participou da formação do Conlider dentro da FIERGS, que iniciou como um comitê e, hoje, é um conselho, com o objetivo de desenvolver novas lideranças dentro da entidade. Mãe de duas meninas, ela destacou a importância de conciliar o papel materno e profissional, o que ocorre com muitas mulheres no mercado de trabalho e no associativismo.
Carla Carnevali Gomes, que também é proprietária da Panificadora Aparecida e diretora da FIERGS, rememorou a época em que saiu da segurança de um cargo público para se dedicar à indústria da panificação. A aproximação com a realidade sindical se deu em 2005, na busca por melhorias para as empresas do seu setor, por meio das trocas com outros representantes de indústrias. Relembrou que outras mulheres também vêm conquistando seu espaço dentro do Sindipan-RS – hoje, são nove na diretoria. Ela também deixou um incentivo às representantes femininas de todas as esferas. “Participe, se associe, venha agregar, participe do clube de mães, de associações, enfim, de entidades onde possam ser ouvidas. No Sindicato, senti essa abertura de ser ouvida e fez toda a diferença. Compartilhamos problemas e soluções, só tem a somar. Precisamos dar o primeiro passo, pois os desafios são grandes”, reforçou.
INTERNACIONALIZAÇÃO PARA MULHERES
Na live, a Gerência de Comércio Exterior da FIERGS também divulgou o projeto “Mulheres na Exportação”, que tem o objetivo de conectar indústrias brasileiras lideradas e/ou geridas por mulheres com compradores dos Estados Unidos. A iniciativa inclui etapas preparatórias com capacitação para a participação de rodadas de negociação de forma virtual, além de consultorias individuais com foco nas necessidades de cada empresa. O programa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Apex Brasil. Mais informações pelo e-mail: cinbusiness@fiergs.org.br ou pelo telefone (51) 3347-8866.
Assista à live “Mulheres na Indústria” completa no Canal da FIERGS no YouTube: