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O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, ressalta que os juros mais baixos são extremamente necessários para o Brasil engrenar uma recuperação mais forte, pois é preciso “urgentemente recuperar a capacidade de investimentos da economia” e, nesse contexto, o custo do crédito exerce papel fundamental. Petry entende, porém, a cautela do Banco Central (BC) diante do atual momento de incerteza em função das eleições e da necessidade de novas reformas para os próximos anos. “Enquanto o Brasil não equacionar essas questões, não haverá nem juros mais baixos e nem confiança para a realização de investimentos”, disse ele, ao analisar a decisão do Comitê de Política Monetária do BC de manter a taxa Selic em 6,5% ao ano na reunião desta quarta-feira (19).

Mesmo com a forte desvalorização cambial registrada desde a última reunião do Copom, em 1º de agosto, duas razões principais, segundo a FIERGS colaboram para a manutenção da taxa Selic: ainda não houve repasse significativo da elevação dólar para os preços ao consumidor, e a parcela da indefinição eleitoral na variação do câmbio faz com que a elevação da taxa antes do resultado das eleições tenha pouco efeito sobre a demanda agregada e a inflação.

Publicado quarta-feira, 19 de Setembro de 2018 - 18h18