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Pesquisa mostra futuro do trabalho na indústria

A 11ª edição do Diálogos para o Futuro, promovida pelo Instituto Euvaldo Lodi RS (IEL-RS) em parceria com o Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec) da FIERGS, debateu nesta quinta-feira (17) a pesquisa Talentos para Inovação – Indústria 4.0 e o futuro do trabalho, no Instituto Caldeira. O trabalho elaborado pela Sarau e IEL, levantou questões como transformação digital e cultural, comunicatividade, diversidade e outros que foram debatidos entre estudantes, empresários, RHs e especialistas.

O diretor da Sarau, Paulo Bittencourt, apresentou cinco temas pesquisados: Futuro, Indústria, Pessoas, Educação e Caminhos.  “No futuro do trabalho há mudanças muito importantes acontecendo: o hiperespecialista agora é multidisciplinar; carreiras virando ciclos de aprendizagem; profissões passaram a ser habilidades; empresas são API´s e organizações virando escolas”.  Com relação à indústria, a pesquisa evidenciou que o caminho da tecnologia está mais consolidado e desenvolvido nas empresas, em detrimento do processo de transformação cultural, que ainda carece de investimentos e clareza de como ser executado. Bittencourt destacou que conforme o trabalho há um sentimento na indústria de que a transformação digital é ter a melhor máquina, porém é necessário uma mentalidade digital.

A pesquisa evidenciou ainda as características necessárias para o mercado de trabalho atual: orientação por dados, criatividade, comunicação, resolução de problemas, capacidade de mudança e tomada de decisões rápidas. Foi detectado um desalinhamento entre os jovens e o que as indústrias esperam deles, assim como esses jovens e os mais experientes. Além disso, há a questão de reter os talentos encontrados. “A educação pode ajudar a superar esses desafios”, ressaltou Bittencourt, destacando as universidades como educação formal, a educação corporativa com cursos in company e programas de desenvolvimento de skills específicas e instituições de apoio à indústria e fomento à inovação, como IEL, Sesi e Senai.

A jornada para a transformação digital passa por alguns caminhos destacados na pesquisa. Primeiro, precisa do envolvimento de todos dentro de uma empresa. A busca pela inovação deve ser sistêmica e as empresas devem também ser escolas, com treinamentos conforme suas necessidades. Apesar da universidade não atender completamente a demanda das indústrias, ela pode ser parceira estratégica para o desenvolvimento de pesquisa e inovação tecnológica. “Outro ponto ressaltado é que as empresas devem ter uma gestão também de prospecção de oportunidades futuras a fim de garantir sua continuidade e sugere ainda a criação de núcleos de inovação, fora da empresa, para que já nasçam com um mindset diferente”, disse Bittecourt. Com relação às pessoas, o desenvolvimento de hard e soft skills, processos de identificação de tendências e equipes multidisciplinares são importantes, com diferentes perspectivas e visões de mundo.

A pesquisa completa pode ser acessada aqui

Publicado sexta-feira, 18 de Novembro de 2022 - 16h16