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Segundo semestre começa com aumento da confiança do industrial no Rio Grande do Sul

O industrial gaúcho começa o segundo semestre de 2017 com expectativa mais positiva para o futuro. Depois de três quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) nesta terça-feira (25), voltou a subir em julho, 0,5 ponto em relação a junho, e passou para 53,2. “Alguns sinais na economia brasileira, como a geração de emprego formal, juros e inflação declinantes e exportações em ascensão influenciam positivamente, mesmo em um ambiente ainda recessivo e de grande incerteza”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.


O ICEI-RS é composto por dois indicadores, o Índice de Condições Atuais (ICA) e o Índice de Expectativas (IE). Ao variar de 0 a 100 pontos, divide avaliações negativas e positivas, revelando otimismo quando acima dos 50 pontos, embora a proximidade indique bastante moderação.  “Por outro lado, a pesquisa foi realizada antes do aumento do preço dos combustíveis. Essa medida afeta a confiança dos empresários, pois além de aumentar os custos de produção, indica que o governo está passando para a população o ônus do ajuste fiscal”, pondera Petry.

O indicador de expectativas para os próximos seis meses foi de 56,1 pontos, com alta de 1,3 ante junho, ajudando a reverter parte da forte queda anterior decorrente do acirramento da crise política. O índice referente à economia brasileira, porém, manteve-se na faixa de pessimismo (49 pontos), apesar do aumento de 1,6 na comparação com junho. Já com relação às próprias empresas, os empresários ouvidos ficaram mais otimistas: o índice subiu de 58,8 para 59,8 pontos.

Ao recuar de 48,5 para 47,5 pontos entre junho e julho, o Índice de Condições Atuais, por sua vez, revela uma deterioração adicional do cenário. A principal contribuição negativa foi detectada nas condições das empresas, que recuou 1,5 ponto e voltou à zona de piora ao se fixar em 49 pontos no mês de julho. No mesmo sentido, as condições da economia brasileira também se agravaram: o índice caiu de 45 para 43,8 pontos no período, atingindo o nível mais baixo em seis meses.

De acordo com a análise do ICEI-RS, o cenário apontado coincide, de modo geral, com aquele das demais pesquisas da FIERGS, segundo as quais a atividade do setor passa por um processo de estabilidade. Isso ajuda a sustentar também o prognóstico de retomada lenta e gradual durante o segundo semestre. A pesquisa foi realizada entre 3 e 12 de julho e ouviu representantes de 242 empresas de diferentes portes.

Publicado Terça-feira, 25 de Julho de 2017 - 14h14