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Sondagem Industrial mostra empresários com expectativa otimista

A Sondagem Industrial do RS em julho, divulgada nesta quarta-feira (30) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra uma expectativa mais otimista por parte dos empresários. “Contribuíram para isso alguns resultados que apontam o aumento na produção industrial, menor número de demissões, redução da ociosidade e estoques ajustados”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.


O indicador de produção da Sondagem Industrial superou os 50 pontos em julho, o que representa expansão ante junho pela primeira vez no mês em quatro anos. Ao atingir 51,6 pontos, cresceu três em relação aos 48,7 anteriores. O emprego, porém, com 48,6 pontos, embora continue caindo o fez em um ritmo menor ao de junho (48,2). Além disso, o indicador também mostra o melhor resultado para julho em quatro anos. Desde março de 2014, o índice não supera os 50 pontos, que representam aumento ante o mês anterior.

A Sondagem aponta também que, apesar de menor, a ociosidade na indústria gaúcha continua elevada. A utilização da capacidade instalada (UCI) atingiu 66%, dois pontos percentuais acima de junho, mas ainda quatro abaixo da média do mês. O indicador que mede a UCI em relação à usual atingiu 40,1 pontos, 1,5 acima de junho. A elevação do índice demonstra que a UCI ficou menos distante do normal.

Apesar das dificuldades, o setor industrial conseguiu manter os estoques ajustados em julho. O índice em relação ao planejado (50,7 pontos) mostra estoques no nível esperado pelas empresas.

EXPECTATIVAS
Uma série de resultados acima dos 50 pontos em agosto, que expressam projeções de crescimento na indústria gaúcha, revela perspectivas mais positivas e crescimento da atividade nos próximos meses. É o caso da expectativa de demanda, com 57,4 pontos. Parte disso vem das exportações (54,4 pontos). Consequentemente, as empresas projetam maiores compras de matérias-primas (54,3 pontos). No emprego (49,4 pontos), porém, as previsões de crescimento ainda não chegaram, mas estão cada vez mais próximas da estabilidade dos 50 pontos.

Finalmente, a intenção de investimento (46,5 pontos) para os próximos seis meses também teve leve aumento. Mas o índice inferior a 50 pontos significa que a parcela de empresas que não pretende investir é maior (54,6%) da que pretende (45,4%). Entretanto, o aumento do índice em relação à pesquisa anterior revela que essa diferença é menor.



 

Publicado quarta-feira, 30 de Agosto de 2017 - 15h15