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Uma comitiva chinesa esteve na FIERGS, nesta quarta-feira (11), recebida pelo coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex), Cezar Müller. A reunião foi pautada pela possibilidade de novas oportunidades de negócios, “tanto para a China como para o Brasil, em um momento de incertezas na política internacional”, como destacou o cônsul geral em São Paulo, Song Yang. Ele esteve acompanhado do cônsul Comercial e Econômico, Yu Yong, e de representantes de empresas chinesas estabelecidas no Brasil. 
 
Os chineses manifestam forte interesse em realizar parcerias estratégicas e se aproximar do setor industrial brasileiro. A busca é principalmente por investimento em áreas como infraestrutura, logística, manufaturas, agronegócio e transportes. Yang entregou ainda dois documentos a Müller: um sobre a Política da China para a América Latina e o Caribe (elaborado pelo Consulado Geral da China em São Paulo) e o outro com o Diretório dos Membros da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (Abec), elaborado pela própria Abec.
 
Yang enalteceu os negócios correntes da China com o RS e com o restante do País, revelando que o Brasil recebeu US$ 70 bilhões de investimento direto externo, sendo US$ 12 bilhões somente do país asiático. "Nós valorizamos a importância da economia do Rio Grande do Sul para o Brasil, principalmente pela diversidade econômica do Estado como ‘porta de entrada’ da China no Brasil. Estamos interessados em construir pontes ao redor do mundo e não muros", comentou.
 
Negócios da China
Em 2016, as exportações do RS para a China alcançaram US$ 4,32 bilhões, representando 26% do total exportado pelo Estado no ano. Os principais produtos foram soja (75%), tabaco (6%), pastas de celulose (5%), carne de frango (2%) e polímero de etileno (1%). O Rio Grande do Sul responde por 12% das exportações brasileiras para o país asiático, sendo o segundo principal fornecedor, atrás somente de Minas Gerais.  
 
Nas importações, o RS negociou US$ 903,24 milhões da China em 2016, o que representa 10% do total importado pelo Estado de diferentes países. Os principais produtos foram caldeiras de vapor (6%), partes de veículos (4%), plástico (3%), máquinas para fabricação de papel (2%) e tecidos plastificados (2%).
 
O saldo comercial historicamente é favorável ao Rio Grande do Sul, com registro de superávit de US$ 3,4 bilhões em 2016. Já a corrente de comércio alcançou US$ 5,2 bilhões, que, apesar de ser 13% menor do que em 2015, mantém a China como a principal parceira comercial dos gaúchos.
 
Crédito foto: Dudu Leal
 
Publicado quinta-feira, 12 de Janeiro de 2017 - 9h09