Para "recompor os vínculos com um Estado tão importante como o Rio Grande do Sul", segundo declarou o próprio diplomata, o cônsul-geral da Argentina, Carlos César García Baltar, esteve reunido nesta sexta-feira, na FIERGS, com o presidente da entidade, Heitor José Müller. "O Estado tem muita importância geopolítica e econômica, e um setor industrial poderoso. Precisamos contribuir para tentar melhorar as relações", comentou Baltar, que está em sua segunda passagem por este cargo em Porto Alegre. Heitor José Müller ressaltou que a indústria do Rio Grande do Sul é mais penalizada do que a do restante do País por ter um perfil exportador e, na Argentina, um grande parceiro. Müller apresentou ao cônsul alguns dados do Sistema de Monitoramento das
Barreiras Argentinas (Simba), elaborado pelo Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da FIERGS.
De acordo com o levantamento, apesar de o saldo da balança comercial brasileira, até junho deste ano, ter sido favorável em relação à Argentina em US$ 383 milhões, o mesmo não ocorre com o Rio Grande do Sul. O Estado
fechou com um déficit de US$ 953 milhões.
Ainda segundo dados do Simba, no acumulado de 2014 até junho, o RS reduziu em 23% suas exportações para o vizinho sulamericano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, entre 2008 e 2012, as importações argentinas no mundo cresceram 19%, mas o Brasil perdeu 1%. Entre as nações que mais ganharam no período estão Alemanha, México e China.
