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Atividade industrial gaúcha atinge o maior nível do pós-crise

A atividade industrial gaúcha de outubro mostra que o processo de recuperação do setor voltou a crescer com força. O avanço de 2,1% em comparação com o mês de setembro, na série livre de influências sazonais, alcançou o maior nível do pós-crise. "O sincronismo e o vigor dos indicadores associados à produção confirmam a recuperação em curso. A combinação dos estímulos governamentais e do ajustamento dos estoques sustenta esse prognóstico positivo", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, nesta quarta-feira (19).

Com exceção do emprego, que recuou em outubro pela nona vez seguida e fechou negativo em 0,3%, todas as demais variáveis do Índice de Desempenho Industrial do Estado (IDI-RS), elaborado pela FIERGS, apresentaram expansão: faturamento (4%), compras (2,8%), massa salarial (2,7%), horas trabalhadas (1,4%) e utilização da capacidade instalada (0,3%). "Os problemas estruturais, que determinam a falta de competitividade da indústria, impedem um crescimento mais forte, num quadro em que há pouca folga no mercado de trabalho e o cenário externo segue desfavorável às exportações", alertou o presidente da FIERGS.

Esse resultado ajudou o IDI-RS a atingir a estabilidade no acumulado do ano (janeiro a outubro), em relação ao mesmo período de 2011, anulando as fortes quedas verificadas no primeiro semestre. A tendência positiva deverá levar o indicador a um leve crescimento no final de 2012. Dos 16 setores industriais pesquisados, os que mais evoluíram foram móveis (6,8%), máquinas e equipamentos (5%) e produto de metal (1,2%). As maiores desacelerações vieram de metalurgia básica (-7,6%), couros e calçados (-2,5%) e veículos automotores (-1,8%).

Publicado quarta-feira, 19 de Dezembro de 2012 - 0h00