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Programa Incluir destaca a acessibilidade no ambiente pessoal e profissional

Aos 24 anos, Tatiele Gomes da Rosa trabalha no Serviço de Atendimento ao Cliente do Sesi de Sapiranga. Ficou sabendo da vaga e mandou seu currículo buscando um espaço no mercado de trabalho. Passou pela seleção que há dois anos mudou sua vida. Com uma má formação na coluna que a impossibilita de caminhar, a jovem descobriu um mundo novo. "Estão me dando uma chance de lutar pelos meus objetivos. Já aprendi muito mas ainda tenho a aprender. É só o começo", afirma. Nesta sexta-feira, ela participou do Seminário Programa Incluir, do Sistema FIERGS, que abordou o tema "É possível contribuir para promover acessibilidade no seu ambiente pessoal e profissional".

"Após diversas ações, diante da necessidade de uma sistematização, em 2005 nossa entidade implantou uma política de incentivo à contratação de pessoas especiais com o necessário apoio à formação profissional. Houve a adaptação de espaços físicos nas unidades e a mobilização para conscientizar gestores e colaboradores", destacou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na abertura do evento. "A indústria brasileira está comprometida com essa causa. É por isso que a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da FIERGS, analisa apresentar projeto no Congresso Nacional criando um sistema específico de emprego para trabalhadores especiais no âmbito do Sine, o Sistema Nacional de emprego do Ministério do Trabalho", disse, Müller, reafirmando o compromisso das instituições do Sistema FIERGS (Sesi, Senai e IEL) com a integração em um ambiente laboral, harmonioso e produtivo.

Na palestra "Como captar talentos na empresa, fomentar a inclusão e mudar a cultura organizacional", a socióloga e escritora Marta Almeida Gil falou da importância em avaliar a contratação de deficientes como oportunidade para rever métodos e técnicas utilizados, plano de cargos e salários realista, revisão e atualização do perfil de vagas e exigências de recrutamento. É importante também a empresa se preparar para o recrutamento dessas pessoas com adequação dos locais de trabalho, mobiliários, máquinas e equipamentos, capacitação do RH, palestras para colaboradores e gestores. " É importante que a pessoa com deficiência se sinta bem, possa circular pela empresa e principalmente saiba que ela está ali para dar um retorno financeiro", afirmou.

A socióloga destacou dados do Ministério do Trabalho que mostram o crescimento de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho. Em 2009 eram pouco mais de 288 mil, e em 2011 esse número ficou acima de 325 mil. O evento teve ainda um painel sobre Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e a Inclusão, apresentação cultural, depoimentos, e palestra sobre seleção e acompanhamento dessas pessoas.

Publicado sexta-feira, 26 de Outubro de 2012 - 0h00