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Confiança da indústria gaúcha segue tímida

A confiança do industrial gaúcho atingiu 55 pontos em março, de um total de 100, e refletiu insegurança em relação à atual conjuntura econômica. O indicador continua bem abaixo do valor registrado no mesmo mês em 2010 e 2011, quando somou 67 e 59 pontos, respectivamente. "As dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo vêm mantendo estoques acima do planejado e inibindo a retomada da produção", destacou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quarta-feira (21), ao avaliar o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) elaborado pela entidade.

Para 27% dos entrevistados, a conjuntura econômica nacional piorou, enquanto 11% perceberam um avanço. A maioria (62%) afirmou que os problemas enfrentados permanecem inalterados. "Os fatores de maior impacto negativo nas indústrias são a competição acirrada com os importados, o câmbio valorizado, os elevados impostos e a retração no mercado internacional", disse Müller.

Os empresários ainda não perceberam melhora na conjuntura em março, mas se mostraram mais confiantes com o futuro. Enquanto as condições atuais na empresa e na economia gaúcha e brasileira pioraram (47,4 pontos), a projeção para os próximos seis meses em relação a estes itens ficou moderadamente positiva (59,3 pontos), sinalizando que a retomada da atividade industrial gaúcha deverá ocorrer a partir do segundo trimestre, embora o ritmo seja lento. De acordo com Müller, contribuíram para essa avaliação os estímulos à demanda interna, como a redução dos juros e o incentivo ao crédito, além da perspectiva de uma taxa de câmbio mais desvalorizada.

Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima 50 pontos significa maior confiança e quanto mais abaixo, pessimismo.

Publicado quarta-feira, 21 de Março de 2012 - 0h00