O uso do carvão mineral para a geração de energia e a construção do novo aeroporto na região Metropolitana de Porto Alegre foram alguns dos assuntos tratados pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, durante audiência realizada na tarde desta segunda-feira (19) com o governador Tarso Genro.
Também participaram do encontro os presidentes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Paulo Vanzetto Garcia.
Heitor José Müller lembrou que o Estado produz apenas 30% da energia elétrica utilizada internamente, o restante é importado de outras regiões. "Com o aproveitamento desta jazida fantástica disponível aqui podíamos suprir nossas necessidades e, eventualmente, exportar para o restante do País", projetou. De acordo com ele, as três federações industriais do Sul realizarão um movimento a favor do uso do minério para esse fim.
Em relação ao novo aeroporto, o industrial destacou a necessidade de apoio à construção de uma segunda infraestrutura, pois mesmo com a ampliação da pista, o Salgado Filho estará superado daqui a sete ou oito anos. "Principalmente, sobre o transporte de carga. Hoje, o Rio Grande do Sul exporta por avião, mas precisa levar a mercadoria a Viracopos, em São Paulo. Isso gera ainda mais burocracia e custos, quando esses produtos poderiam sair daqui diretamente de avião", exemplificou. Conforme o presidente da FIERGS, Tarso Genro afirmou que o Estado tem amplo interesse nos dois temas.
O encontro também tratou de informações referentes à seca e seus efeitos para a economia gaúcha. "Além de afetar algumas matérias-primas como milho e soja que envolvem as cadeias produtivas, reflete na redução de recursos circulando na economia do Estado, prejudicando a indústria, o comércio e mesmo a construção civil", afirmou Müller.
