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Exportação da indústria gaúcha cresce 24%

As exportações industriais do Rio Grande do Sul aumentaram 24% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e totalizaram US$ 1,1 bilhão. O setor respondeu por 91,2% de tudo que o Estado embarcou no período. "O segmento exportador está lentamente se recuperando depois de ficar quase estagnado durante 2010. Porém, o resultado está abaixo da média brasileira e setores importantes da indústria, como o coureiro-calçadista e moveleiro, que destacam-se pela grande geração de empregos, ainda apresentam queda em relação ao ano anterior", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao avaliar a balança comercial nesta segunda-feira (14).

Em fevereiro, os setores que mais se destacaram positivamente foram Máquinas e Equipamentos (75,4%), Produtos Químicos (60,7%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (58,3%), Borracha e Plástico (42,1%), Fumo (35,4%) e Alimentos (25,8%). Já as piores performances se concentraram em Derivados de Petróleo (-61,7%), Têxteis (-25%), Materiais Elétricos (-25%), Móveis (-12,5%) e Couro e Calçados (-10,3%).

Nesta base de comparação, os produtos de média-alta e baixa tecnologia cresceram 52,9% e 14%, respectivamente, e juntos totalizaram 76,3% dos itens embarcados. Os de alta intensidade tecnológica, que responderem por 1,2% dos envios, tiveram um avanço de 40%.

Apesar do bom desempenho da indústria gaúcha, o resultado ficou abaixo da média nacional, que registrou uma elevação de 35,7% em fevereiro.

O Rio Grande do Sul respondeu por 7% das vendas externas brasileiras e ocupou a quinta posição entre os Estados exportadores, juntamente com o Espírito Santo. São Paulo liderou o ranking (24,6% de participação), seguido por Minas Gerais (16,1%), Rio de Janeiro (12,6%) e Pará (7,1%).

Os principais destinos das exportações totais do Estado em fevereiro, ante o mesmo período de 2010, foram Argentina, com elevação de 39,8%, e Estados Unidos, que ocuparam o segundo lugar com um incremento de 55,7%. A terceira posição ficou com Egito, ao aumentar em 445,5% seus pedidos, principalmente de óleo de soja e trigo.

Nas importações, 96,7% das compras do Estado foram de produtos industrializados, que registraram um incremento de 0,8%, chegando a US$ 1,1 bilhão. Os pedidos de bens de consumo não-duráveis subiram 46,7%, seguidos por bens de capital (36,1%) e bens de consumo duráveis (27,6%).

Publicado segunda-feira, 14 de Março de 2011 - 0h00