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Para FIERGS, salário mínimo regional prejudica economia gaúcha

"Manter o salário mínimo estadual é aumentar as desigualdades regionais e estimular o emprego informal", argumentou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao criticar o reajuste enviado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa. O industrial participou na quarta-feira (23), juntamente com outros presidentes de federações empresariais, de uma reunião com o governador Tarso Genro sobre a questão. No encontro, Tigre alertou para a elevação dos custos da economia diante de outros Estados que não possuem o piso local, comprometendo a competitividade do setor produtivo gaúcho. "Isso significa menos investimentos e oportunidades de empregos", disse.

O presidente da FIERGS destacou ainda que o Estado perde a cada ano espaço na economia brasileira. Lembrou que entre 2000 e 2008, segundo dados disponíveis no Ministério do Trabalho e Emprego, o Rio Grande do Sul ficou em 26º lugar no ranking nacional em taxa de criação de empregos formais e em 25º em crescimento na renda per capita. "Essa coincidência negativa entre o piso regional e as estatísticas de renda e emprego gera desconfiança sobre as alegadas vantagens de manter o piso estadual", afirmou Tigre, salientando também que o salário gaúcho contamina as negociações das categorias organizadas com os seus sindicatos e não respeita as peculiaridades de cada segmento e municípios. O salário nacional, argumentou, já recuperou o poder de compra dos trabalhadores e, portanto, não há razão para a existência do estadual.

Publicado quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011 - 0h00