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Estado apresenta propostas para elevar oferta de energia elétrica

Medidas para evitar a falta de energia elétrica com o crescimento econômico do Rio Grande do Sul foram levadas, na quarta-feira, ao ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em Brasília. O coordenador do grupo Temático de Energia da FIERGS, Carlos Faria, participou do encontro juntamente com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, e o presidente da CEEE e do Copergs, Sérgio Camps de Morais. "Encaminhamos propostas concretas de ações a serem implementadas no curto prazo para que a competitividade do setor produtivo gaúcho não seja comprometida", disse Faria, lembrando que o consumo deverá aumentar também com a Copa do Mundo de 2014.

A comitiva apresentou ainda um panorama da atual situação do Estado no setor energético. O aumento da dependência gaúcha ao Sistema Interligado Nacional (SIN) foi uma das preocupações abordadas. Isso vem ocorrendo devido, principalmente, ao fraco desempenho do Complexo Termelétrico de Candiota, à inoperância da Usina Termoelétrica de Uruguaiana e à falta de garantia física da conversora de Garabí. Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, o SIN é um sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários em diversas regiões do Brasil.

Como resultado imediato do encontro, Zimmermann propôs uma reunião técnica de trabalho entre o Ministério de Minas e Energia, o governo gaúcho e entidades empresariais. O objetivo é detalhar as necessidades do Rio Grande do Sul na área energética e definir ações para serem viabilizadas no curto e médio prazos. O resultado final será encaminhado ao ministro para a implementação.

Medidas

Priorizar a construção da Linha de Transmissão Salto Santiago − Itá em 525 KV, conforme recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Realizar leilões de energia nova para o Estado, assegurando qualidade e modicidade tarifária.

Promover leilões regionais para reserva de energia que mantenham fatores de capacidade aderente às características do mercado da região.

Estabelecer uma equidade nas condições de financiamento dos projetos, equilibrando as propostas concedidas para projetos de interesse nacional.

Adoção de alternativas de curto prazo, através da Gestão pelo Lado da Demanda (GLD), que viabilizem a operação do sistema interligado dentro dos padrões de qualidade, continuidade e confiabilidade de atendimento requeridos pelo mercado.

Publicado sexta-feira, 10 de Setembro de 2010 - 0h00