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FIERGS comemora grau de investimento do Brasil

Mas Paulo Tigre alerta para a continuidade das condições dessa conquista

A entrada do Brasil no grupo de países com baixo risco para aplicações financeiras, graças ao título "Investment Grade" (grau de investimento) obtido nesta quarta-feira (dia 30) é uma notícia a ser comemorada. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, "o País adotou a receita certa na macroeconomia e, assim, conquistou o grau de confiabilidade".

Mas, o importante será também a manutenção das condições favoráveis a longo prazo. "Chegamos lá e agora, mais do que nunca, precisamos manter essa posição no ranking" disse Paulo Tigre, apontando como requisitos a busca incessante da modernidade, através, por exemplo, da realização das Reformas Estruturais .

Além disso, o presidente da FIERGS entende que é preciso afastar as propostas de atraso que hoje estão no debate nacional, como é o caso da redução da jornada de trabalho e a Convenção 158 da OIT. "Essas idéias certamente comprometem a nossa competitividade e isto pode custar caro no médio prazo, pois produzindo menos, haverá menos empresas e menos empregos e renda para os brasileiros", assinalou Tigre.

O grau de investimento é uma nota concedida pelas agências de classificação de risco que indica a capacidade de um país pagar sua dívida interna e externa. A avaliação brasileira foi anunciada pela agência Standard & Poor‘s.

Entre os motivos que levaram o Brasil a ter a sua avaliação melhorada, estão as contas externas, que mesmo tendo piorado recentemente, passando a apresentar déficit nas transações correntes, não foram um empecilho para a avaliação de que o país encontra-se em melhor situação. Outro fator foi o Brasil ter sido pouco afetado pelos movimentos de crise no cenário internacional, provocados pelo mau momento da economia americana.

A expectativa é de que o grau de investimento do país, agora anunciado pela Standard & Poor‘s , venha a ser confirmado pelas outras duas importantes agências de avaliação de risco, a Fitch e a Moody‘s, ainda no primeiro semestre.

Publicado quarta-feira, 30 de Abril de 2008 - 0h00