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FIERGS diz que cautela não pode gerar custos para sociedade

Paulo Tigre afirma que juro alto inibe o investimento produtivo

A decisão do Banco Central, nesta quarta-feira (5), em manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11,25%, era esperada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) devido à persistência de pressões inflacionárias reveladas pelos indicadores de janeiro e a incerteza no cenário externo. Segundo o presidente da entidade, Paulo Tigre, "como ainda há muita dúvida quanto à dinâmica da economia mundial em 2008, era esperado que o Comitê de Política Monetária agisse com cautela. Entretanto, é preciso que o governo fique atento às mudanças de cenário para a sociedade brasileira não arcar com custos desnecessários", afirma. A situação cambial tem prejudicado fortemente os exportadores, destaca Tigre ao defender a queda da Selic para aumentar a competitividade.

Conforme o industrial, o juro alto inibe o investimento produtivo e isto é ruim para as perspectivas da economia brasileira pela permanente necessidade de modernização do parque industrial.

O próximo encontro do Copom será nos dias 15 e 16 de abril.

Publicado quarta-feira, 5 de Março de 2008 - 0h00