O novo plano de socorro da União aos estados, que estima liberar R$ 40 bilhões em quatro anos e não beneficia o RS causa preocupação à diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Pelo programa, o Tesouro dará garantia para que os estados endividados possam captar recursos no mercado em condições mais favoráveis, desde que adotem medidas de ajuste. Em caso de calote, a União arca com a dívida.
O presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, reconhece o esforço que o governo gaúcho vem fazendo para ajustar as contas, ao mesmo tempo questiona a não inclusão do RS no Plano Mansueto, ou Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF). “Neste governo algumas iniciativas já foram tomadas como o fim do privilégio de licença prêmio para o funcionalismo público e a PEC que libera a venda das estatais sem plebiscito teve aprovação em primeiro turno”, afirma Petry. Ele também valoriza a interlocução que o Governo de Eduardo Leite tem feito com entidades empresarias e a sociedade com transparência na apresentação da radiografia financeira.
Até agora, o PEF será destinado a 11 estados com nota C no ranking do Tesouro, mas o Rio Grande do Sul tem D. A nota de capacidade de pagamento resulta da avaliação em três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez.