FIERGS negocia para colocar Brasil como parceiro da Feira de Hannover

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul trata sobre a possibilidade de o Brasil ser o país parceiro da Feira de Hannover em alguma edição futura. Na terça-feira, na cidade alemã, ocorreu uma reunião que contou, entre outros, com a presença do presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry; de representantes da feira e da Deutsh Messe AG, organizadora do evento. Na edição de 2022, que termina nesta quinta-feira, Portugal é o país parceiro em Hannover. Em 2023, será a Indonésia. “O Brasil merece a oportunidade de mostrar o potencial de sua indústria para o mundo, não é um sonho impossível”, disse Gilberto Petry, destacando também a condição do país como uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, tema bastante discutido na edição 2022 da feira. Em 1980, ocorreu a primeira edição que contou com um país como parceiro oficial, e o Brasil foi o escolhido.

Também participaram da reunião a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o governo do Rio Grande do Sul e a Câmara Brasil-Alemanha. Um dos trunfos colocados pela missão brasileira para sensibilizar os alemães é a experiência e o conhecimento que a FIERGS tem da feira, da qual participa há anos. A entidade se colocou à disposição para articular junto à Agência de Promoção das Exportações (Apex Brasil), Governo Federal e outras organizações, uma eventual exposição diferenciada do País. O presidente da FIERGS, por exemplo, tem 23 participações em Hannover desde 1984.

Crédito foto: Enir Grigol

VISITA À FÁBRICA
Também na terça-feira, participantes da missão promovida pela FIERGS à Feira de Hannover viajaram para a cidade de Bremen, no norte da Alemanha. O grupo visitou a fábrica da Mercedes-Benz, a segunda mais importante da montadora alemã no país, na qual são produzidos 11 modelos de automóveis. A planta de Bremen monta 400 mil veículos ao ano e emprega 13 mil pessoas. No local são produzidos diferentes modelos de veículos, como SUVs, sedãs e esportivos, movidos a gasolina e gás natural, ou mesmo veículos híbridos e elétricos, sempre adaptando as linhas de montagem ao formato requerido pelo cliente.

Boa parte da produção é executada por robôs e inteligência artificial. Já nas linhas de produção mais avançadas, os funcionários estão presentes em grande número, dividindo espaço com as máquinas.

A partir desta quarta-feira, alguns integrantes da delegação brasileira em Hannover se deslocam aos Países Baixos, onde farão visitas técnicas a indústrias e parques eólicos offshore para tratar de energias renováveis. Haverá encontros estratégicos com autoridades do governo e empresas holandesas.