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Razões que tornam o ESG um tema relevante para as indústrias

O fortalecimento do relacionamento com seus públicos é a principal razão apontada por 44,4% das empresas brasileiras que incorporam os critérios ESG, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para tratar deste tema que cada vez mais entra na pauta do setor industrial, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS) realizaram o 1º Fórum ESG da Indústria – os impactos no ambiente empresarial. “A indústria gaúcha traz em seu DNA a evolução na forma de produzir. A busca por melhores práticas faz parte desta história. Nossa indústria se faz atenta às exigências e tendências, nacionais e internacionais. Dessa forma, não é diferente com a agenda ESG”, afirmou o coordenador do Conselho de Meio Ambiente (Codema) da entidade, Newton Battastini, na abertura do evento, nesta quinta-feira.

O objetivo do fórum, que reuniu representantes de empresas e especialistas na sede da FIERGS, e outros participantes por transmissão on-line, foi o de mostrar casos de sucesso e como as boas práticas podem trazer resultados positivos para os negócios. Segundo Battastini, os critérios contidos na sigla ESG – Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) aparecem direcionando as ações em empresas e instituições financeiras, e não somente de meio ambiente. O escopo é mais amplo e engloba, além de questões ambientais, combate a fraudes e corrupção, relação com funcionários, fornecedores, atuação na sociedade e tratamento e oportunidades para minorias, entre outros.

Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria, explicou em sua palestra magna que a ESG corresponde a um conjunto de critérios cada vez mais utilizados pelo mercado para avaliar o desempenho de uma organização não somente pela ótica do retorno financeiro, mas também quanto a aspectos ambientais, sociais e de governança.

Tratou também das razões que tornam a ESG um tema cada vez mais relevante nas organizações. Elas são influenciadas pela necessidade de se repensar a retomada do crescimento econômico resiliente e de baixo carbono após a pandemia, e o papel do mercado financeiro no processo. Mas passam também pelo aumento da consciência global sobre o impacto das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade sobre populações, territórios e a oferta de matéria-prima e insumos, assim como pela crescente demanda por maior transparência nos negócios. Bomtempo apresentou as iniciativas da CNI dentro da Agenda ESG, com foco da atuação em conhecimento, mobilização e qualificação.

O gerente de competitividade setorial do Sebrae-RS, Fábio Krieger, reforçou que “novos horizontes e oportunidades” se abrem a partir da adesão das empresas ao ESG, e que o assunto será um dos destaques em debate na próxima Feira Mercopar, de 18 a 21 de outubro, em Caxias do Sul.

No painel E do ESG - A conciliação entre a produtividade e uma agenda ESG efetiva, a gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade, Helen Camargo, observou que a prática ESG não está restrita apenas às grandes empresas, e que os pequenos negócios também estão inseridos. Para ela, é necessário olhar de forma sistêmica para cada negócio, da porta para dentro e da porta para fora, incluindo colaboradores, fornecedores e clientes, aumentando a transparência e buscando a melhoria contínua.

O Fórum teve ainda o painel S do ESG - Diversidade, Direitos Humanos, Comunidades, com o gerente geral de Responsabilidade Social Corporativa da Gerdau, Paulo Boneff; o coordenador de Sustentabilidade e Meio Ambiente, Eduardo Assmann, e a consultora de Diversidade na Mais Diversidade, Clarissa Daroit. No encerramento, o painel G do ESG - Coordenação de cadeia produtiva entre grandes e pequenas empresas, contou com a gerente de compras de materiais indiretos, Laila Cumerlato; e a gerente executiva jurídica e de integridade na Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, Mariana Covre.

Assista o 1º Fórum ESG da Indústria – os impactos no ambiente empresarial na íntegra:

Publicado quinta-feira, 22 de Setembro de 2022 - 17h17