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Seis em cada dez indústrias têm área dedicada à sustentabilidade

A sustentabilidade é cada vez mais parte da estrutura organizacional da indústria brasileira. Seis em cada 10 empresas têm área dedicada ao tema, segundo uma pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com executivos do setor. Os números representam um salto em relação ao ano passado, quando 34% dos entrevistados afirmaram ter no seu organograma área para lidar com o assunto. Os dados foram divulgados durante a COP 27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que está sendo realizada no Egito até 18 de novembro. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lidera uma comitiva de industriais brasileiros ao evento, entre eles o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.

Segundo a pesquisa, não foi só dentro das empresas que a sustentabilidade ganhou espaço. Também aumentou a preocupação dos empresários com o impacto na cadeia produtiva: 45% disseram exigir certificados ambientais de seus fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato. Em outubro do ano passado, o percentual foi de 26%. A maioria (52%) das indústrias, de acordo com os entrevistados, também já tiveram de comprovar ações ambientalmente sustentáveis na hora de serem contratadas,  contra 40% em 2021.

Outro termômetro para medir a relevância do tema para o setor industrial é a visão dos executivos sobre os consumidores. Em um ano, passou de 20% para 35% o número de empresários que consideram alto ou muito alto o peso dos critérios ambientais sobre a decisão de compra de seus consumidores. Mas, na prática, apenas uma em cada 10 empresas, segundo os entrevistados, deixaram de vender algum produto por não ter certificação ou seguir algum requisito ambiental.

A Pesquisa Sustentabilidade e Liderança Industrial da CNI, encomendada à FSB Pesquisa, entrevistou, por telefone, executivos de 1.004 empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram realizadas entre os dias 6 e 21 de outubro. Mais detalhes da pesquisa podem ser acompanhados no site Indústria Verde.

ABERTURA
Para enfrentar o desafio do aquecimento global e seus efeitos negativos para a população, o mundo precisa encarar, com urgência, duas importantes questões. A primeira é a transformação dos modelos de produção e dos hábitos de consumo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global em 1,5°C. A segunda é a adoção de medidas voltadas à adaptação e ao aumento da resiliência dos países, em especial os mais pobres, aos impactos dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas.

Com essa mensagem, o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI e diretor do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, abriu na terça-feira, a programação interativa do pavilhão brasileiro na COP27. O dirigente representou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no evento, que tem programação ao vivo transmitida pelo YouTube do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Publicado quarta-feira, 9 de Novembro de 2022 - 15h15