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FIERGS, FIEP e FIESC alertam ao presidente do Senado sobre insegurança jurídica provocada por decisão do STF

Os presidentes das Federações das Indústrias dos Estados do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paraná (FIEP) e Santa Catarina (FIESC) se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para manifestar “insurgência e preocupação” com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento dos Recursos Extraordinários 955227 e 949297 dos temas 881 e 885. No julgamento, ocorrido em 8 de fevereiro, os ministros do STF determinaram que os contribuintes com decisão favorável transitada em julgado, permitindo o não pagamento da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), serão obrigados a voltar a pagar o tributo desde 2007, a data em que a Corte reconheceu a constitucionalidade da contribuição no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 15.

Em documento entregue a Rodrigo Pacheco, os presidentes da FIERGS, Gilberto Porcello Petry; da FIEP, Carlos Valter Martns Pedro; e da FIESC, Mário Cezar de Aguiar, ressaltam que há uma percepção empresarial de que cabe ao Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) promover um ambiente juridicamente estável, que estimule a atração de capitais produtivos, afastando situações que provoquem a desconfiança dos investidores, comprometam os planejamentos e desacreditem as instituições. “É entendimento consolidado que é preciso garantir à sociedade brasileira a segurança jurídica e o respeito a coisa julgada, que são, respectivamente, princípio do Estado Democrático de Direito e fundamental do cidadão previsto na Constituição Federal. Um país que promete os direitos fundamentais e a segurança jurídica não pode ser conivente com o rompimento da coisa julgada a partir de um novo posicionamento da sua Corte Constitucional”, justificam.

Diante dos argumentos, os presidentes da três Federações Industriais da Região Sul destacam que o setor industrial considera importante que haja um amplo debate do tema no âmbito do Congresso Nacional, “a fim de buscar a melhor solução para a questão, tendo como balizas maiores a busca pela segurança jurídica e a proteção da coisa julgada”.

Publicado quinta-feira, 2 de Março de 2023 - 12h12