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Controle da Corsan deve ser repassado imediatamente à iniciativa privada para garantir investimentos

A alteração no controle da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), passando do Estado para a iniciativa privada, precisa ser destravada o quanto antes para que o Rio Grande do Sul possa receber os investimentos que necessita em saneamento. Atualmente, apenas 39% do território urbano gaúcho dispõe de cobertura de esgoto, enquanto 13% da população ainda vive sem água tratada, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Governo Federal. Segundo análise do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), a atual Corsan, com capacidade apenas de R$ 400 milhões por ano em investimentos, não tem como cumprir as exigências do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que estabelece metas para a universalização dos serviços de água e esgoto e exige um investimento total de R$ 11 bilhões na área de concessão da empresa.

Além disso, segundo o coordenador do Coinfra, Ricardo Portella, o corpo técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) atestou que o preço de venda da estatal, arrematada por R$ 4,15 bilhões, mas temporariamente suspensa pela Justiça, não está subvalorizado. Ele alerta também que a Corsan não abandonará o Rio Grande do Sul, seguirá como empresa controlada pela iniciativa privada, mas regulada pelo Estado, por ser um serviço de concessão. Ressalta que, conforme já garantido pelo governador Eduardo Leite, os mais de R$ 4 bilhões arrecadados no leilão da companhia não serão utilizados em despesas correntes como folha de pagamento, mas em investimentos para benefício dos gaúchos. “A universalização gera mais emprego, mais saúde e melhor qualidade de vida para toda a população, e trará benefícios para o Rio Grande do Sul”, reforça Portella.

Publicado sexta-feira, 14 de Abril de 2023 - 12h12