O debate sobre a transição energética deve predominar na edição deste ano. Petry ressaltou que, além de conhecer as tendências mundiais, os empresários brasileiros da missão têm a oportunidade de fazer contato com potenciais parceiros e fornecedores, e de prospectar tecnologias e métodos inovadores para as suas empresas. Ele citou que os objetivos na Feira de Hannover são mostrar que a indústria brasileira é uma referência mundial e uma parceira estratégica para a construção da economia de baixo carbono. Além disso, é parceira também no uso eficiente de recursos naturais e na captação de investimentos para projetos industriais desenvolvidos pelo Sistema Indústria nas áreas de descarbonização da economia, transição energética e bioeconomia. Os empresários, acrescentou, buscam prospectar oportunidades de negócios, aprofundar conhecimento sobre o mercado e disseminar novas tecnologias. Entre os participantes da delegação brasileira, 43% são representantes do setor industrial, 20% são da área de serviços e 1% são do agronegócio.
Na visão da CNI, explicou Gilberto Porcello Petry, o hidrogênio sustentável é uma das mais promissoras fontes de energia limpa e representa uma grande oportunidade para a indústria brasileira descarbonizar os processos de produção. Isso ajudaria o Brasil a cumprir as metas pactuadas nos acordos internacionais que visam ao combate do aquecimento global. “A produção de hidrogênio verde no Brasil deve gerar empregos, incentivar investimentos, e promover o desenvolvimento de tecnologias e modelos de negócios inovadores. Também vai contribuir para ampliar a inserção do país nas cadeias globais de valor”, afirmou.
Entre os integrantes da comitiva brasileira na Alemanha ao lado do presidente da FIERGS, além de líderes industriais estão o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
CIRCUITOS GUIADOS
Na segunda-feira pela manhã, a programação começou com circuitos guiados pelos estandes da feira. Gilberto Petry se reuniu com o diretor de relações internacionais da Hannover Messe & CeMat, Marco Siebert. Foi discutida a participação do Brasil em Hannover e a possibilidade de o Brasil ser país parceiro no futuro. Também foi tratada sobre a transformação do perfil do evento ao longo dos anos.
A feira termina na sexta-feira, dia 21.