Segundo Segré, entre os três candidatos, Massa é o mais alinhado ideologicamente com o Brasil, e uma eventual vitória sua não mudaria a perspectiva econômica e social que a Argentina vive atualmente, nem a relação com o governo Lula. Já Milei é definido por Segré como um anarcocapitalista que não aceita o Estado, mas com “uma inteligência emocional que não é das mais positivas”. Javier Milei surge como alguém para quebrar a casta política, diz, e já afirmou que, caso seja eleito, não pretende negociar e irá cortar relações com países comunistas como a China. Segré coloca em dúvida a possibilidade de governabilidade de um possível governo Milei, e de como seria o relacionamento com o Brasil.
Em relação a Patricia Bullrich, o analista internacional argentino a define como uma candidata que defende um Estado menor, equilíbrio fiscal, governo austero e meritocracia. Para Gustavo Segré, a vitória desta candidata não ameaçaria o comércio entre Brasil e Argentina, mas o relacionamento entre as duas nações seria “frio”. A palestra ocorreu na segunda-feira, foi organizada pela FIERGS, por meio do Conselho de Comércio Exterior (Concex), e mediada pelo vice-coordenador do Concex, Amadeu Pedrosa Fernandes. O apoio foi da Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul.