O projeto consiste em fundir o PET e as cascas de arroz para tornar o protótipo mais resistente aos impactos que o asfalto é submetido diariamente. Além disso, a solução é financeiramente viável por utilizar resíduos como matéria-prima. “Escrevemos para uma empresa fabricante de asfalto e tivemos a resposta de que o custo de uma tonelada de asfalto tradicional chega a R$ 400,00. O nosso asfalto foi calculado para render uma tonelada a R$ 86,00”, detalha a colega Gabriela Cardoso.
Para desenvolver o projeto, alunos e funcionários da escola fizeram doações de embalagens PET, e as estudantes também aproveitaram as cascas provenientes da safra de arroz. Dentre os resultados preliminares, já foi possível observar que a composição unindo PET e casca de arroz, além de mais sustentável e econômica, também é mais resistente.
O grupo apresentou o projeto em um evento de Ciências na cidade de Juazeiro do Norte (CE) chamado Mostra Científica do Cariri (Mocica). As estudantes gaúchas ganharam o segundo lugar na área de engenharia e sentiram-se ainda mais motivadas. “Quando a gente terminar o Ensino Médio, pode ser um projeto de nossa vida. A sustentabilidade ambiental é necessária”, empolga-se Kamily Monteiro, mostrando o protótipo e como o peso de um corpo apoiado no bloco de asfalto gera energia.
A apresentação do projeto faz parte das atrações do Sesi com@Ciência, um evento de estudantes, docentes e pesquisadores que reúne mais de dez mil pessoas interessadas em desenvolver a educação no Brasil. São 200 projetos e protótipos de alunos dos programas educacionais do Sesi, incluindo contraturno escolar, Educação de Jovens e Adultos e Ensino Médio.
O evento ocorre entre até esta terça-feira, 1º de outubro, das 9h às 21h, no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre. Ao longo dos dois dias, estão sendo promovidos debates, vivências, apresentações e reflexões e todas as atrações terão entrada franca.
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