Na comparação com julho de 2018, o IDI-RS diminuiu 0,8%, após ter recuado 3,2% em junho, quando interrompeu uma sequência positiva de 12 meses nessa mesma base de comparação. Com isso, a taxa acumulada no ano, na comparação com igual período de 2018, foi a menor dos últimos três meses: +2,1% em julho ante +2,7% em junho e +3,9% em maio.
Apesar do resultado decepcionante no início do segundo semestre, a expectativa, de acordo com o presidente da FIERGS, é de recuperação lenta para atividade industrial gaúcha nos próximos meses. Para Petry, a redução da incerteza provocada pelos avanços da Reforma da Previdência, as taxas de juros em níveis historicamente baixos, com inflação controlada, e o menor endividamento das famílias devem fornecer algum impulso à demanda futura.
ACUMULADO
Na análise por componentes, as variações acumuladas em 2019 são positivas nos indicadores associados à produção, principalmente no faturamento real (6%). As compras industriais (2,9%), a UCI (1,6 ponto percentual positivo) e as horas trabalhadas na produção (0,4%) mostraram altas moderadas. No mercado de trabalho, o emprego avançou 0,4%, enquanto a massa salarial real recuou 1%.
Nessa mesma base, o desempenho é desigual entre os setores industriais pesquisados. Veículos automotores aumentaram fortemente (16,2%), sendo responsáveis por praticamente todo crescimento da indústria gaúcha ao longo de 2019. Tabaco (5%), Couros e calçados (2,7%), Eletrônicos e informática (3,1%) e Material elétrico (2,3%) também deram contribuições positivas.
Mas uma grande parte dos segmentos caiu, como Vestuário e acessórios (-10,4%), Têxteis (-6,8%), Metalurgia (-3,7%), Produtos de Metal (-0,9%), Alimentos (-0,3%), Máquinas e equipamentos (-0,3%) e Bebidas (-0,7%); ou ficaram próximos da estabilidade, como Móveis (+0,2%) e Químicos e derivados de petróleo (+0,8%).
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