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Atividade da indústria gaúcha cresce em fevereiro

A atividade da indústria gaúcha evoluiu positivamente em fevereiro e registrou um aumento de 0,9% em relação a janeiro, na série livre de influências sazonais. De acordo com o Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS), esse foi o terceiro resultado positivo seguido, acumulando alta de 2,5% nesse período. "A trajetória de recuperação ocorre, principalmente, pela combinação de estoques ajustados e a retomada dos investimentos em alguns setores, além da fraca base de comparação do ano passado. A falta de competitividade e as incertezas com o ambiente interno e externo, porém, seguem limitando uma recuperação mais intensa da atividade do setor", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao analisar os números da pesquisa, divulgada pela entidade nesta quinta-feira (4).

Entre os componentes do IDI/RS, os dados do mês mostraram sinais ambíguos, com alguns indicadores em recuo e outros em crescimento. Na comparação com janeiro, o emprego industrial cresceu (0,6%) pelo segundo mês seguido, após 12 meses consecutivos de queda, evidenciando a expectativa de expansão da produção. A massa salarial voltou a crescer (2,4%), o mesmo ocorrendo com as horas trabalhadas na produção (1,6%). Este último indicador interrompeu uma sequência de três desacelerações. No mesmo sentido, a segunda alta da utilização de capacidade em fevereiro (1,3%) mostrou que o setor diminuiu sua ociosidade. Já o faturamento real (-0,9%) e as compras industriais (-3,0%) demonstraram acomodação após as fortes expansões observadas em janeiro.

Na comparação com o mesmo mês de 2012, sem uma tendência comum entre os componentes, a expansão de 3,9% do IDI/RS repercutiu, sobretudo, nos fortes crescimentos do faturamento real (6,2%) e das compras industriais (19,7%). Nessa base de comparação, o resultado agregado foi influenciado por expansões observadas em 11 setores (dos 17 analisados), com destaque para Veículos automotores (12,6%), Bebidas (8,7%) e Metalurgia (7,7%). Já as quedas expressivas vieram de Vestuário e Acessórios (-8,1%), Têxteis (-5,6%) e Tabaco (-4,1%).

Publicado quinta-feira, 4 de Abril de 2013 - 0h00