Você está aqui

Atividade industrial gaúcha fecha o primeiro semestre em queda

Pelo terceiro mês consecutivo o Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI-RS), elaborado pela FIERGS, apresentou queda. Em junho a desaceleração chegou a -1,6%, ante maio, sem os efeitos sazonais. "O ciclo de estagnação verificado há dois anos nas indústrias, alternando altos e baixos, piorou e no seu lugar agora temos uma trajetória de retração", lamentou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, nesta segunda-feira (6). De acordo com o dirigente, o primeiro semestre foi "repleto de dificuldades estruturais, que se somaram à retração no mercado nacional, seca, barreiras argentinas e acirrada concorrência internacional num cenário econômico de crise mundial".

Entre as variáveis do IDI-RS, o faturamento apresentou o recuo mais acentuado (-5,2%), o maior desde a turbulência econômica mundial em 2008. Também caíram na passagem de maio para junho a utilização da capacidade instalada (-1,8%), as compras de insumos e matérias primas (-1,6%), horas trabalhadas na produção (-0,5%) e o emprego (-0,2%). Devido à escassez de mão de obra, apenas os salários pagos avançaram (0,4%).

Com este resultado, a atividade industrial do Estado fechou os primeiros seis meses do ano com uma queda acumulada de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesta base de comparação, nove dos 16 setores analisados tiveram recuo e os mais afetados foram Vestuário (-11,6%), Tabaco (-7,5%), Borracha e Plástico (-5,6%), Químicos e Refino de Petróleo (-4,6%) e Couro e Calçados (-3,9%). Já os crescimentos mais expressivos vieram de Móveis (13,2%), Máquinas e Material Elétrico (7,2%) e Máquinas e Equipamentos (6,7%).

Publicado segunda-feira, 6 de Agosto de 2012 - 0h00