O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) se manteve estável em setembro (0,1%) na comparação com agosto de 2017, apesar da queda em três dos seus seis componentes: faturamento real (-1,7%), horas trabalhadas na produção (-1,9%) e massa salarial real (-1,2%). Os resultados foram divulgados, nesta segunda-feira (6), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), e apontam ainda estabilidade no emprego (0%) e nas compras industriais (-0,1%). Apenas a utilização da capacidade instalada (UCI) cresceu 0,5 p.p., passando para 79,5%. “Os indicadores industriais revelam que a recuperação da indústria gaúcha continua de forma lenta e gradual, mas alguns fatores mantêm as perspectivas positivas para o setor nos próximos meses, entre eles a confiança do empresário e a queda nos juros e na inflação”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, ao lembrar ainda do emprego em alta, da demanda interna em recuperação e do ajuste nos estoques. O menor número de dias úteis em setembro (19) ante o mês anterior (23) contribuiu negativamente para este nível de atividade no mês.
Em relação a setembro de 2016, o IDI-RS subiu 1,4%, mesmo com um dia útil a menos. O que representa a terceira expansão consecutiva – a quarta em cinco meses.
ACUMULADO
No balanço do ano, o índice ainda mostra resultado negativo, mas cada vez mais próximo da estabilidade (-0,2%). Mantida a tendência atual – a taxa avança em média 0,2 p.p. ao mês –, deve fechar 2017 com um aumento muito modesto (entre 0% e 1%) diante da enorme perda de 18,4% no triênio 2014-2016, que levou a indústria gaúcha a patamares do ano 2000.
Entre janeiro e setembro de 2017, os componentes do IDI-RS apresentam desempenhos distintos, mas todos com tendência de melhora. Horas trabalhadas na produção (-2%), compras industriais (-1,5%) e emprego (-1,4%) caíram, enquanto faturamento real (2,2%), massa salarial (2%) e UCI (0,6 p.p.) subiram.
O mesmo tipo de comportamento desigual se verifica entre os 17 setores pesquisados ao longo de 2017: indústrias de Tabaco (17,2%), Produtos de metal (5,2%) e Máquinas e equipamentos (2,7%) registraram as maiores contribuições entre os oito setores que cresceram. Alimentos (-2,7%), Veículos automotores (-1,4%) e Couros e calçados (-1,6%) foram os que exerceram as maiores influências negativas.