O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, realizou nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa, a palestra Estratégias do BNDES para Desenvolvimento da Economia de Cooperação. Antes do evento, Coutinho se reuniu com o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, no gabinete do presidente da Casa, Adão Villaverde. "O presidente da FIERGS nos apresentou algumas demandas importantes para o setor de implementos agrícolas e também tocou na questão do controle de índices de conteúdo local na linha Finame. Acolhi os dois pedidos, vamos examinar porque eles coincidem com a nossa orientação. Temos tido sempre um bom entendimento com a Federação das Indústrias, ela faz propostas muito pertinentes", disse.
Em seu pronunciamento em plenário, ao agradecer a presença da FIERGS, Coutinho ressaltou a importância do diálogo que a entidade industrial mantém há anos com o BNDES, contribuindo com projetos importantes para o desenvolvimento.
Na palestra, o presidente do BNDES apresentou as razões que, no seu entender, tornam a economia brasileira diferenciada diante do cenário de dificuldades pelo qual passam especialmente países europeus e os Estados Unidos. A situação favorável atual cria perspectivas para a redução da taxa de juros a médio prazo no País. Luciano Coutinho apontou também as alavancas que, segundo ele, farão a economia do Brasil acelerar o seu crescimento de 4% para cima nos próximos anos: o programa de investimento em petróleo e gás da Petrobras, o mercado interno preservado, o setor habitacional em expansão, o agronegócio competitivo e os programas de investimento público como o PAC e de apoio aos Estados, aumentando a capacidade destes de endividamento. "No Rio Grande do Sul, o BNDES liberará um grande empréstimo que viabilizará uma série de investimentos em dois ou três anos", informou. De 2008 a 2011, a Região Sul aumentou a participação nos desembolsos do BNDES, passando de 19% para 21% do total. "O Brasil ainda investe pouco para as suas necessidades", reconheceu, afirmando existirem projetos em energia e infraestrutura que serão focados pelo governo.
Em relação ao financiamento do banco às micro e pequenas empresas, Luciano Coutinho destacou que, apenas pelo Cartão BNDES, R$ 7,5 bilhões deverão ser liberados em 2011, em mais de 500 mil operações. Até setembro, os desembolsos já atingiram R$ 5,2 bilhões, um incremento de 79% em relação ao mesmo período de 2010. De acordo com ele, entre as estratégias do BNDES para o desenvolvimento local e regional estão planos estaduais de desenvolvimento integrado, apoio a APLs e cooperativas, atuação no entorno de projetos estruturantes e outras parcerias.
Também participaram do evento na Assembleia Legislativa os secretários de Desenvolvimento e Promoção do Investimentyo, Mauro Knijnik; e da Economia Solidária, Maurício Dziedricki, entre outras autoridades.
