"Cingapura: Sucesso na adversidade, parceria para o futuro" foi o tema do encontro que reuniu empresários gaúchos e representantes do país asiático na quarta-feira (12), na FIERGS. O diretor para a América Latina da Agência Internacional de Desenvolvimento de Cingapura, em São Paulo, Yeow Ming, detalhou as estratégias do seu governo para impulsionar o desenvolvimento econômico e social e ampliar as relações internacionais. A meta para as próximas quatro décadas é fazer do pequeno país, que tem uma área de 699 quilômetros quadrados e 4,48 milhões de pessoas, o melhor lugar para uma empresa começar o seu negócio e prosperar. Para isso, investimentos já estão definidos para pesquisa, inovação e incentivos fiscais.
Com uma posição geográfica estratégica, pois os navios europeus com destino ao continente asiático precisam passar por Cingapura, o país atraiu sete mil grandes multinacionais. Em 2006, cresceu 7% e gerou 173 mil novos postos de trabalho. "Acredito que o Brasil, em especial a região Sul, pode ampliar suas relações comerciais com a Ásia através de Cingapura", afirmou Ming. O fluxo comercial com o Brasil cresceu 21% de 2005 para 2006, chegando a 1,8 bilhão de dólares. O Rio Grande do Sul está em quinto lugar (5,49%) no ranking dos estados exportadores e em sétimo lugar entre os importadores (1,35%).
Segundo Yeow Ming, um conjunto de medidas fez de Cingapura, em 40 anos, uma nação de primeiro mundo. "Até a década de 60 éramos subdesenvolvidos. Na época, o PIB per capita não passava de 400 dólares, agora ultrapassa os 30 mil dólares", disse. "A fórmula é simples. Apostamos num ambiente com baixa burocracia e alta eficiência, investimentos em infra-estrutura, em educação e saúde, além de políticas bem definidas de atração de investimentos", enumera.
O evento foi realizado pelo Sistema FIERGS, por meio do Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec), Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).