Icei-RS de agosto ficou pouco abaixo do registrado em maio do ano passado, período de enchente histórica
COMPONENTES DO ICEI-RS
O Índice de Condições Atuais recuou em agosto, chegando a 40,8, o menor nível desde junho de 2024 (40,6). A principal causa foi a visão negativa sobre a economia brasileira, cujo índice atingiu 31,9 pontos em agosto, queda de 3,4 em relação a julho. No levantamento, 61,3% dos empresários disseram perceber deterioração das condições econômicas, contra apenas 1,8% que notaram melhora. Em relação à própria empresa, o índice ficou em 45,3 pontos.
O Índice de Expectativas, que mede a visão para os próximos seis meses, também teve retração. Caiu 3,4 pontos em agosto e ficou em 45,7 – o menor nível desde maio de 2020 (35,7), igualando a marca de maio de 2024. O recuo foi puxado pelas perspectivas para a economia brasileira, que caiu 4,4 pontos, de 40 para 35,6, o valor mais baixo desde maio de 2020 (30,9). Mais da metade dos empresários (52,1%) acredita que o cenário doméstico vai piorar, enquanto apenas 5,5% esperam melhora.
As expectativas em relação às próprias empresas para os próximos seis meses também foram atingidas. O índice caiu três pontos, para 50,7 em agosto. Apesar de permanecer ligeiramente acima do limite que separa pessimismo de otimismo, o resultado está bem abaixo da média histórica (59,4 pontos) e só supera momentos de forte crise, como maio de 2024, com as enchentes (47,7 pontos) e novembro de 2022, depois das eleições (49,6 pontos).
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 12 de agosto, com 163 empresas: 37 pequenas, 55 médias e 71 grandes.





