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Confiança do empresário perde fôlego no RS

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) nesta quinta-feira (17), registra acomodação, ao fechar em 53,6 pontos em novembro, praticamente o mesmo de outubro (53,5). Esta estabilização, após uma recuperação acelerada entre maio e setembro, mostra que as condições seguem difíceis e o otimismo perde fôlego. “Ainda que em menor intensidade, predomina entre os empresários gaúchos a perspectiva de que a melhor gestão da economia, passando pela solução para a crise fiscal e o encaminhamento de reformas importantes, deve levar à retomada do crescimento”, afirma o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
Em novembro, o Índice de Condições Atuais atingiu 47,9 pontos, uma expansão de 1,3 ponto em relação a outubro. O valor mantém o diagnóstico de piora, pois está abaixo dos 50 pontos. Acima de 50, indica confiança. Já o pequeno aumento em relação ao mês anterior significa que ela se mantém menos intensa. “A ausência ou a demora de resultados concretos até o momento provoca uma revisão nas expectativas dos empresários, que continuam indicando um cenário de arrefecimento da queda ou estabilização da atividade industrial no curto prazo”, observa o presidente da FIERGS, enfatizando também que a recuperação deverá ser mais lenta do que se esperava.
 
A mesma conclusão vale para as condições da economia brasileira (índice de 45,6 para 46,8 pontos) e para as condições das empresas (de 46,9 para 48,6 pontos), que apesar de terem crescido continuam a demonstrar pessimismo por parte dos empresários.
 
SEIS MESES
Os empresários gaúchos consultados no levantamento do ICEI-RS revisaram em novembro a avaliação para os próximos seis meses. O índice de expectativas registrou a segunda queda seguida, caindo de 57,2 para 56,6 pontos. Isso mostra que, ainda que tenha diminuído, o otimismo predomina, acima dos 50 pontos mínimos.
 
Essa correção se dá com maior ênfase nas expectativas com a economia brasileira, cujo índice recuou de 54,6 para 52,9 entre outubro e novembro. As expectativas com relação às empresas (58,5) permaneceram no mesmo patamar de otimismo de outubro.
 
 
 
Publicado quinta-feira, 17 de Novembro de 2016 - 15h15