Você está aqui

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai participar, de 6 a 18 de novembro, no Egito, da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27. O setor industrial vai apresentar a estratégia de sustentabilidade que tem contribuído para o Brasil avançar em direção a uma economia de baixo carbono, orientada por tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes, mostrando iniciativas concretas para enfrentar a crise climática global. Além do presidente Robson Braga de Andrade, uma comitiva de industriais participará do evento, entre eles o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.

A indústria brasileira é considerada uma das mais competitivas do mundo quando se fala em sustentabilidade e emissões de gases de efeito estufa (GEE). O setor vem atuando com grande protagonismo para acelerar a implementação de estratégias, programas e tecnologias que contribuem para que o Brasil avance nas metas estabelecidas no Acordo de Paris. No estande do Brasil na Conferência, serão apresentadas experiências bem-sucedidas de empresas que estão desenvolvendo estratégias de redução e neutralização de emissões de GEE, visando contribuir com os esforços globais de descarbonização. Os cases ilustram ações relacionadas aos quatro pilares da estratégia de baixo carbono estabelecidos pela CNI – transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.

O espaço também vai oportunizar discussões sobre questões relevantes para o país nessa temática, como financiamento de ações climáticas e novas tecnologias, entre as quais, o hidrogênio verde.

PROGRAMAÇÃO
Os dias 15 e 16 serão os mais movimentados para a indústria na COP27, com atividades inteiramente dedicadas ao setor. No dia 15, o Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono vai propiciar um ambiente de debates e troca de informações entre as representações empresariais brasileiras e estrangeiras, instituições financeiras e executivos. Os painéis vão discutir oportunidades de acesso às fontes de financiamento ao setor privado; oportunidades de negócios, investimentos e desafios para a transição energética no cenário global; experiências em baixo carbono dos setores industriais de outros países; e o Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira e regras de comércio contra o desmatamento.

No dia 16, acontece o Brazilian Industry Day, oportunidade para aprofundar o debate acerca dos quatro pilares da estratégia de baixo carbono da CNI e apresentação de experiências bem-sucedidas das empresas brasileiras. A programação contempla cinco painéis, que serão transmitidos pelo canal da CNI no YouTube. “Os prejuízos econômicos e sociais deixados pelos desastres ambientais, que incluem danos à saúde das pessoas e estragos na infraestrutura, desafiam os países e as empresas a adotarem estratégias ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa. A indústria brasileira está fazendo a sua parte, com investimentos expressivos na descarbonização dos processos de produção. Na COP, vamos reforçar porque o Brasil é tão competitivo quando se fala em economia de baixo carbono”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Para que o Brasil avance na transição para uma economia de baixo carbono, a CNI definiu quatro pilares estratégicos - transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. No caso da transição energética, o Brasil já se encontra em posição de vanguarda, com elevada participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica (84% da matriz elétrica brasileira é composta por energias renováveis).

Quanto ao mercado de carbono, a indústria defende o mercado regulado, no modelo cap and trade, pois oferece um ambiente mais flexível ao investimento, com segurança jurídica e regras mais claras, garantia de monitoramento e uma adequada governança. Isso permite que as empresas possam escolher qual a melhor estratégia e as quais medidas que precisam ser adotadas para reduzir as emissões de CO2, trazendo efetividade no objetivo maior, quando falamos em mudanças climáticas e a necessidade de reduzir os GEEs.

O pilar que trata de economia circular defende gestão estratégica dos recursos naturais, ampliando práticas como ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem ao longo de toda a cadeia de valor.

E a ampliação das áreas sob concessão florestal no país, o fortalecimento do manejo florestal sustentável e o estímulo aos negócios voltados à bioeconomia são as diretrizes do pilar de conservação florestal, que inclui, ainda, uma ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, sobretudo na Amazônia.

Publicado quinta-feira, 3 de Novembro de 2022 - 16h16