Uma comitiva liderada pelo embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, se reuniu nesta sexta-feira na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) com lideranças empresariais gaúchas. “Esta visita se dá por múltiplas razões, que nem precisamos justificar, basta entender a importância do Estado no contexto da União Europeia. Vivemos a proximidade da finalização de um acordo, que fará com que o Rio Grande do Sul passe a ser visto como Estado centro do Mercosul ”, disse Cravinho.
De acordo com o embaixador, para este ano a expectativa para todos os países integrantes da UE é de um crescimento econômico entre 1,5% e 2,5%. Um aumento modesto, segundo ele, mas significativo por se tratar de “economias maduras”. “O Brasil é um dos melhores destinos de investimentos internacionais da União Europeia. O País representa mais do que a soma de investimentos em China e Índia”.
O vice-presidente do Sistema FIERGS/CIERGS, Carlos Alexandre Geyer, ressaltou o papel de protagonismo da indústria gaúcha nas relações comerciais do País. “Inserimos o intercâmbio internacional como um caminho indesviável para o Brasil e para o nosso Estado. A União Europeia é um dos maiores e mais tradicionais parceiros comerciais do Rio Grande do Sul. Em 2016, as exportações gaúchas para o bloco europeu totalizaram 2,8 bilhões de dólares ou 17% do total exportado pelo Estado”, afirmou. “Não temos dúvidas do potencial existente no comércio e nos investimentos, sobretudo impulsionados a partir da conclusão do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia, com grande possibilidade de ocorrer ainda este ano.”
No ano passado, as vendas externas do RS em relação à UE cresceram 9,7% na comparação com 2015. As importações, por sua vez, caíram 11,1% e alcançaram US$ 1,1 bilhão.
Também presente à reunião, o embaixador da Bélgica, Dirk Loncke, mostrou as vantagens de seu país, que faz fronteira com Alemanha, França e Holanda, e é conhecido como “a capital da Europa”, por abrigar sedes de instituições importantes como a da própria União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Loncke destacou a grande capacidade da Bélgica nas áreas de infraestrutura e logística.
O embaixador da Romênia, Stefan Mera, confirmou o interesse do país em atrair investimentos de empresas brasileiras ou a formação de joint ventures. Mera pretende trazer, até o final do ano, uma missão empresarial romena ao Brasil.
A reunião contou ainda com as presenças do cônsul da Bélgica, Charles Delogne; do conselheiro econômico da Delegação da União Europeia, Nicola Ardito; do cônsul da Alemanha, Stefan Traumann; do cônsul geral da Espanha, José Pablo Alzina de Aguillar; do cônsul geral da Itália, Nicola Occhipinti; da vice-cônsul de Portugal, Adriana Ribeiro; do cônsul honorário da República Checa, Fernando Lorenz de Azevedo; do conselheiro Econômico, Comercial e de Investimentos da Bélgica, Andre Villers; e do conselheiro Comercial e de Economia da Bélgica, Stefano Missir di Lusignano; entre outros.
Dos países que compõe a União Europeia, a Holanda (22%) foi o principal destino das exportações gaúchas, seguida da Bélgica (18%) e Alemanha (13%). Por outro lado, a Alemanha foi a principal nação vendedora para o Estado (29%), a frente da Itália (12%) e França (12%).
Crédito foto: Dudu Leal