O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), pesquisa divulgada nessa segunda-feira (24) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), chegou a 60,3 pontos este mês, elevação de 2,3 pontos em relação a abril, o que indica a presença de confiança no setor. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminado é o otimismo. “A indústria gaúcha recuperou, nos últimos dois meses, grande parte da confiança perdida em março. Naquele momento, além do agravamento da pandemia e das consequentes medidas de restrição de parte das atividades de comércio e serviços, o setor era impactado por intensos aumentos de preços e pela falta de insumos e matérias-primas”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. Em abril e maio, o ICEI-RS recuperou 6,2 pontos dos 8,7 perdidos em março.
O ICEI-RS vai de zero a 100 e é composto pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas. Em maio, todos os seus componentes tiveram elevação. O Índice de Condições Atuais subiu de 51,3, em abril, para 54,2 pontos. O de Condições Atuais da Economia Brasileira pulou de uma avaliação negativa de 44,4 pontos para a neutralidade (50) no mesmo período. Em maio, os percentuais de empresários gaúchos que perceberam melhora e piora na economia brasileira foram similares: 28,4% e 26,3%, respectivamente. Mas para a maioria (45,3%), as condições não mudaram. A melhora nas condições atuais também foi percebida em relação à própria empresa, com o índice crescendo 1,7 ponto em relação a abril, para 56,4.
EXPECTATIVAS
O otimismo entre os empresários consultados aumentou para os próximos seis meses. O Índice de Expectativas se distanciou da marca divisória dos 50 pontos: de 61,3, em abril, para 63,4, em maio. O mesmo sentimento predomina com a economia brasileira entre 45,8% dos empresários, ante um percentual de pessimistas bem menor, 10,5%. Isso se reflete nos 59,3 pontos alcançados pelo Índice de Expectativas com a Economia Brasileira, quatro acima de abril. Subiu também o otimismo com relação ao futuro da empresa, com o Índice de Expectativa passando de 64,2 para 65,4 pontos, refletindo, segundo o presidente da FIERGS, o alívio na crise sanitária e a perspectiva de retomada da economia e no fornecimento de matérias-primas.
A pesquisa foi realizada entre 3 e 12 de maio, com 191 empresas, sendo 36 pequenas, 61 médias e 94 grandes. Acompanhe os resultados completos aqui.