Mais de 2 mil empresários vão participar do 35º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA 2017), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre, entre 13 e 14 de novembro. Entre eles, estão confirmados importantes executivos de grandes multinacionais brasileiras e alemãs, como Volkswagen AG (caminhões), SAP Brasil, Bosch America Latina, Siemens Brasil, além de representantes dos patrocinadores, Commerzbank, Fraport, Gerdau, Stihl, Ibravin e Wines From Brazil, Bayer e Banco do Brasil.
O EEBA 2017 é uma realização da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias da Alemanha (BDI, na sigla em alemã), com organização da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e estará focado em temas que afetam a competitividade do setor produtivo como: indústria 4.0, parceria e cooperação em internet das coisas e startup, eficiência energética, infraestrutura e cidades inteligentes.
A programação também prevê rodadas de negócios, mostra de produtos, debates, seminários, visitas técnicas, integração e atividades culturais e gastronômicas. O evento conta com a parceria da Apex-Brasil, do governo do Estado do Rio Grande do Sul, da prefeitura municipal de Porto Alegre e os apoios do Sebrae/RS e da Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre (AHK-RS).
Entre os destaques dos painéis de debates, os temas economia e comércio internacional serão os primeiros da pauta, com a participação do vice-ministro do Ministério de Assuntos Econômicos e Energia da Alemanha, Mathias Maching. Na área governamental brasileira, está prevista a vinda do Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
INTERESSES DE EMPRESÁRIOS
O setor privado deverá ter reuniões com foco em traçar caminhos para ampliar o fluxo de comércio e os investimentos entre os dois países, melhorar o ambiente de negócios e construir parcerias estratégicas. Para 2018, além da conclusão do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, a CNI entende que é importante avançar em três pontos estratégicos:
- Convenção para Evitar a Dupla Tributação: a celebração de um novo acordo para evitar dupla tributação da renda entre Brasil e Alemanha é prioridade para a indústria visando aumentar a segurança jurídica e a competitividade das empresas nos negócios bilaterais. Um levantamento feito pela CNI mostra que 64% das 25 maiores multinacionais brasileiras são afetadas pela falta de acordos de bitributação. Esses acordos estimulam e desoneram o investimento, aumentam as exportações e geram maior tendência à inovação das empresas, tornando-as mais produtivas. Os dois países já tiveram um acordo desde tipo até 2005, mas o acerto perdeu a validade a pedido do governo alemão.
- Acordo de Previdência Social: Os acordos de Previdência Social permitem que o empregado expatriado, que vai trabalhar no exterior, fique vinculado apenas à Seguridade Social do seu próprio país e isento das contribuições no país de destino. Cálculos da CNI mostram uma economia de 66% por ano na folha de pagamento desse profissional após a entrada em vigor do tratado. Com a Alemanha, a Confederação defende a ampliação do prazo de pagamento das contribuições sociais apenas do país de origem do trabalhador do prazo de dois anos para cinco anos, como ocorre na maioria destes modelos de tratados firmados pelo Brasil.
- Programa de Férias-Trabalho: a CNI defende que o Congresso brasileiro aprove o Programa de Férias-Trabalho, negociado entre Brasil e Alemanha em 13 de fevereiro de 2015. Esse programa prevê a concessão de visto de um ano para jovens de 18 a 30 anos, com possibilidade de trabalho, a título acessório, para complementar os recursos financeiros da viagem. A ideia é permitir a participação em intercâmbios.
Confira a programação completa do EEBA 2017 em http://www.eeba2017.com/.