Crédito foto: Dudu Leal
Após a manifestação dos dirigentes, o economista-chefe da FIERGS, Giovani Baggio, fez uma breve apresentação do panorama econômico do Estado. A existência do Piso Regional tira a competitividade do Rio Grande do Sul. “O nosso Estado está ficando para trás em termos de crescimento econômico e geração de emprego. Piso Regional não gera desenvolvimento e é uma barreira ao mercado formal, além de interferir nas negociações que deveriam ser feitas entre trabalhadores e empregadores, sem a interferência do governo”.
Desde sua criação em 2002, o Piso Regional cresceu muito acima da inflação e do Salário Mínimo Nacional, mostrando que não há perdas inflacionárias a serem repostas. De janeiro de 2001 e maio de 2023, o Piso Regional cresceu 856%, enquanto Salário Mínimo Nacional apresentou crescimento de 774%, o IGP-M, 478%; o INPC, 312% e o IPCA, 296%.
Além disso, o Piso Regional não trouxe mais crescimento para a economia gaúcha e nem promoveu maior geração de emprego. Segundo dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 2002 e 2020, o PIB cresceu apenas 24%, tendo o segundo menor crescimento entre os 27 estados, um resultado muito abaixo do verificado para o Brasil no mesmo período (42%). Quando o assunto é geração de empregos, entre 2001 e 2021, o Estado apresentou o terceiro menor crescimento do número de empregos com carteira assinada entre as Unidades da Federação. Nesse período, o total de vínculos formais de emprego cresceu apenas 56,3%, uma variação bastante inferior à verificada no Brasil (85,8%).
Também estiveram presentes o vice-presidente da FIERGS, Claudio Bier, e os diretores Guilherme Scozziero e Sérgio Galera, respectivamente coordenador e vice-coordenador do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab) da entidade.