O psicólogo inglês Adrian Inghan, graduado pela Universidade de Londres e pós-graduado pelo King’s College, atuou por 25 anos como professor e diretor de escolas em Londres. Ele mostrou uma realidade totalmente diferente que causou impacto no público. “Na Inglaterra muitos diretores de instituições recebem mais do que o primeiro ministro. Isto é a prova da valorização da educação. Costumo abordar que autonomia e liderança são fundamentais quando falamos do processo educacional. E isso está em falta no Brasil”, avaliou.
Por fim, Candido Alberto Gomes, com doutorado em Educação (Ph.D.) pela Universidade da Califórnia e consultor de diversas organizações nacionais e internacionais, exaltou o nível do debate proporcionado pelo Sesi-RS e fez um alerta aos presentes. “Ainda bem que estou cercado por excelentes profissionais. É um prazer poder dividir o mesmo espaço que eles. Acrescento a tudo que foi dito, que atualmente no Brasil, os cursos não formam os educadores para atuar e sim para o desemprego. Jogam os profissionais nas escolas sem embasamento, como quem empurra uma pessoa na piscina. E com isso, quem perde é o aluno”, frisou.
PISA PARA ESCOLAS
O Pisa para Escolas, ou Pisa-S como também é conhecido, é uma avaliação voluntária, que apoia os esforços de melhoria da escola participante com base nas matrizes e escalas do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) da OCDE. Seus principais pontos, requisitos e funcionalidades foram o assunto da palestra ministrada pelo pesquisador da Cesgranrio, Tiago Fragoso. De acordo com ele, os itens dos testes são desenvolvidos e calibrados de acordo com as escalas internacionais e estudos que apoiam o rigor e a validade dos resultados do Pisa Mundial. “Enquanto o Pisa fomenta troca de informações entre parceiros internacionais, o Pisa-S faz o mesmo entre atores locais”, descreve.